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(para "As três" de Ly Sabas)
As pedras têm o curioso hábito de permanecerem caladas.
Pacto.
São cúmplices de momentos únicos
Sempre fechadas em si mesmas.
Confidentes
não se oculta segredos das pedras,
compartilha
William H. Stutz/ maio 2006
"Se for falar mal de mim me chame, sei coisas horríveis a meu respeito" (Clarice Lispector)
Mundo cinza, sem cor, sem brilho mundo mudo sem som ou vento fechado em quarto escuro sem janela.
Apenas o caos o silêncio e muito, muito sofrimento
Mundo cinza sem vida, sem amor.
Áspero sem cânticos ou simples canção.
Sem céu, sem estrelas ou lua, escuro.
Apenas amarga, profunda e inimaginável solidão.
Não meu mundo
Meu mundo é brando e leve é alvo
é límpido como a mais recente e fresca neve.
Janela de um estonteante azul céu, límpido e musical
por ela, sempre a adentrar o aconchegante aclarar matinal.
O meu mundo? Meu mundo é a janela!
Sempre aberta, sem paredes ou quarto.
Hoje sobre o mar amanhã sobre a terra.
Janela multicolorida sem dono, dolo ou fechadura
Meu mundo minha janela, está sempre pronto a se abrir.
Bastando amiga, é simples, um sincero afago ou a mais leve candura