quarta-feira, março 30

Testé sur des humains

Recebi do amigo Xico compartilho. É maravilhoso e mostra (tristemente) o que na maioria somos

segunda-feira, março 28

Insistência

Tanto fez essa rolinha do mato que acabou por achar canto para fazer seu ninho numa trave de meu telhado, começou em pleno domigo (27) de março. Deixa lá no sossego longe de gatos, gaviões e chatos. Logo teremos filhotes a piar

quinta-feira, março 24

Antonio Pereira

Convite,

Sr. Antonio Pereira da Silva e Livraria Nobel,

Convidam você e sua família, para o
lançamento do seu
novo livro "Velhos Italianos de Uberabinha"

Há se realizar na Livraria Nobel Uberlândia no dia 26/03/2011 (Sábado)
a partir das 10:30hrs.
Esperamos por você e sua família !

Praça Cícero Macedo N°03
Uberlândia - MG
Tel:(34)3229-0100

quarta-feira, março 23

Pensando, logo...

Encontro tanta gente amarga mundo a fora, jiló humano.
Guariroba em vida. Falta amor, pena

Em #Letras365

Evandro de Souza escreveu:

Beija-flor boêmio
só molha o bico
em copo-de-leite


Eu não resisti, repliquei:

Beija-flor boêmio
intolerante a lactose
só molha o bico
...em tullipa

segunda-feira, março 21

Pensando solto

Levantou com o pé esquerdo, o direito emburrado, teimava em ficar na cama afinal, era segunda-feira

sábado, março 19

Livre pensar

Então disse para amiga: Trocar palavras é como trocar olhares ou figurinhas de vida, é estrada de duas idas.

Mudanças

Com as mudanças climáticas dos últimos tempos, até os ditos populares estão se adaptando: Agora mano véio se diz: É... muita coisa vai rolar por cima da ponte. Quem viver verá.

Supermoon


De que nos adianta o mais intenso Perigeu Lunar dos últimos vinte anos se o céu está encoberto?
Espetáculos assim deveriam ser proibidos de ocorrer em dias chuvosos, e ainda mais em dia de enchente de São José.
Fecham-se as cortinas, platéia ausente.

quinta-feira, março 17

Here it comes...

(...) Here comes the sun, here comes the sun,
And I say it's all right


Little darling
The smiles returning to the faces
Little darling
It seems like years since it's been here (...)

Sun, sun, sun, here it comes...
Sun, sun, sun, here it comes...

George Harrison
The Beatles - Abbey Road - 1969

Fotos feitas agora, 3:33 !



terça-feira, março 15

Apa Udi

Repasso pedido de ajuda da @apauberlandia via nosso colega e amigo Renato Cury. Associação de Proteção Animal de Uberlândia. APA está precisando urgentemente de materiais para fazer curativos nos animais, como soro, esparadrapo, algodão, gase, e todo e qualquer tipo de medicamento cicatrizante, etc..

O endereço da APA é : Rua 01, número 512, Bairro Rancho Alegre. E o telefone da Dalca que é a presidente da Associação é o 8825-1810 ou 3211-5670

domingo, março 13

Mais um plágio

Lendo mais sobre tsunamis para tentar pelo menos entender a tragédia pela qual passa o povo japonês, e não é que sem querer, achei outro texto meu plagiado pelo mesmo "senhor"? Será que a falta de escrúpulos não tem fim?

Veja AQUI o meu texto publicado no Ponto de Vista do Jornal Correio em 14/04/2010 e abaixo o mesmo copiado e publicado no Jornal O Norte de Minas em 30/04/2010. Além de tudo o cidadão não dá nem prazo, vai logo copiando em publicando obras alheias.

AI ABAIXO NA ÍNTEGRA, O PLÁGIO
(Clica nas imagens que aumentam)




Dúvida domingueira


Assim como dúvido que cruzeirense assista missa do Galo, pergunto:
Torcedor do Grêmio comemora o dia Dia Internacional da Mulher ou outro dia Internacional qualquer??

sexta-feira, março 11

Arroubos a toa I

Abstinência de poesia me traz tremores e delírios,
me socorrem as tão forte insignificâncias , meu gardenal da alma




quarta-feira, março 9

Grama agradece

Plantei grama São Carlos no quintal. Agradeceu a chuva que só. Vamos ver como se comporta na dura seca do cerrado

terça-feira, março 8

Do outro mundo



"Um aposentado de 52 anos foi preso na tarde de ontem (22) depois que o cachorro dele, sem raça definida, atacou uma vizinha e mordeu o lábio superior dela. (...) . “Meu cachorro é de Júpiter e estava apaixonado pela vizinha. Ela sorriu para ele e o cão tentou dar um beijo”, disse.” Cidade & Região - Jornal Correio - 23/02/2011




Tinha tudo para ser mais um dia normal e moroso como qualquer outro. Aos poucos a rotina das ruas tomava seu rumo. Os primeiros ônibus já se faziam ouvir e sentir. Cheiro forte de fumaça. Crianças em uniformes coloridos tagarelavam rua acima rumo à escola. O primeiro sinal já havia tocado, mas muitos, na verdade quase ninguém, havia se tocado disso.

Conversas de namoricos, último capítulo de novela, reality show, paredão.
— E a nova música do NX Zero e do Justin Bieber, alguém já baixou? No site oficial está liberada por uma semana. Você tem? Ah, me passa, por favor, me manda pelo MSN pelo menos o link! Deixa de ser "ridica", também você vai ver, tenho uma coisa para te contar, mas não conto por nada, nem sob tortura, nem se me proibirem de ver o show do Belo. Como se vê, só assuntos da mais alta relevância, passíveis de mudar os rumos da humanidade, os destinos de povos inteiros, impressionante a relevância e profundidade das prosas.

Logo a sirene da escola tocou pela segunda vez. Debandada geral das maritacas deixando para trás nuvens de papéis de bala e chicletes. Agora, como disciplinadas abelhas jataí, em organizada e silenciosa fila indiana, sérias, mas com sorriso maroto e troca de olhares de cumplicidade, adentravam uma a uma ao sagrado templo do saber. A escola e toda chatura que pode ela representar para um adolescente às turras com seus conflitos e pressa de viver, era uma gigantesca poita, uma âncora a prender o alçar vôo. Férias, com podem estar tão longe e durar tão pouco!

Tudo corria tranquilo e sossegado naquela manhã chuvosa. Não tinha mencionado. Mas uma fina garoa insistia em cair mansa e fria desde a madrugada e, pelo visto ia durar o dia inteiro. Pessoas encolhidas em seus capotes e casacos.

Na rua a vida já se encontrava totalmente acordada e se organizando dentro de seu caos habitual.

O que poucos, ou melhor, ninguém podia imaginar, era que na outra esquina, bem próxima à escola, um ser preparava para a mais importante missão de sua vida. Havia ficado em permanente vigília e em postura de observação por longos nove anos. Durante todo este tempo ficou a observar costumes e hábitos dos habitantes desse pequeno planeta, onde, depois de séculos de pesquisa, os seus mais brilhantes cientistas haviam detectado sinais de vida inteligente. Bom, este conceito de inteligência mudou um pouco, pois nove anos ouvindo as conversas que passavam todas as manhãs e tardes pela calçada de seu esconderijo provocaram uma mudança radical em sua maneira de ver os seres desse planeta. Personagens com nomes estranhos recheavam agora seus relatórios diários e eram vistos como potenciais ameaças à cultura e sobrevivência de seu povo.

Entravam na lista das coisas que jamais poderiam sair do planeta azul sob o risco de contaminar toda a galáxia: Luan Santana, Restart, muitos “sertanejos”, alguns autores de livros de auto ajuda e uma infinidade de ritmos (?) que eram chamados pelos terráqueos de funk, pagode, hip hop (soava soluço), sertanejo de laboratório, ao qual ousavam nome de universitário, além de inúmeros hinos de louvor sem o menor sentindo, compunham a lista. Tudo isso deveria ficar enterrado e esquecido para sempre e de preferência em cápsulas blindadas e envias para a longínqua e inacessível nuvem de Oort, uma espécie de aterro sanitário de seu planeta.

Para azar seu os pesquisadores de seu planeta haviam observado um canil aqui na terra e, portanto, deram-lhe corpo de cachorro para se misturar aos nativos. Só quando chegou se deu conta do erro e teve que adaptar-se ligeiro. Além do andar de quatro, não fora avisado que seria meio de transporte e alimentação para seres minúsculos porém ávidos, que logo descobriu chamarem-se pulgas e carrapatos.

Arrumou um dono pouco chegado às atenções, que gostava de se embriagar logo cedo e só parava com a branquinha à noite, afundado em profundo sono. Assim ficava fácil, se por acaso cometia a perigosa falha de falar ou agir como ser de outro mundo e seu dono percebia, aliás aconteceu com freqüência nos primeiros anos de vida por essas bandas, e saía aos berros a contar para todos que seu cachorro era um ET, isso não passava, para os outros, de delírio de bêbado e felizmente não era levado a sério.O lugar e o terráqueo eram perfeitos para seu disfarce.

Mas era chegada a hora de realizar sua missão. Tinha que fazer contato com os líderes desse lugar. Mais aí pairava a maior de suas dúvidas quem nem todos esses amos conseguiram aplacar.

Nove anos de observação só o fizeram ficar mais e mais confuso. Quem era o verdadeiro representante dessa estranha raça? Era aquele senhor barbudo de estranho falar e que por anos e anos pouco depois de sua chegada aqui, freqüentava os noticiários sem dar trégua? Mas ele sumiu de repente... Seria aquela senhora loira que todas as manhãs conversava com um papagaio e tinha estranha e gutural risada? Seria aquele outro com plástico sorriso que toda semana jogava aviõezinhos de dinheiro para povo? Ah, isso sem contar aquele casal bem afeiçoado que falava do mundo e do tempo e ninguém dormia antes de ouvir o seu sonoro e inconfundível “Boa noite”? Povinho estranho e confuso esse da terra.

Cansado de ficar só em seu posto de observação e morrendo de saudades de casa tomou decisão. A única pessoa lúcida que ele conhecia era uma moça muito bonita e educada que morava ali perto e que, volta e meia, afagava-lhe a cabeça através das grades do portão. Era a ela que iria perguntar.

Tomou grande impulso, saltou o muro e sem pestanejar seguiu direto para a casa da tal. Lá chegando, e alguns latidos depois, eis que surge o potencial contato com essa tão confusa raça. Sorridente ela aproximou o rosto de se seu focinho e, sorridente, com a mão em seu queixo perguntou-lhe o que o lindo cão queria. Achando que sabia falar balbuciou entre roncos, rugidos e sons inteligíveis:
— Por favor, leve me ao seu líder.
Só que no enorme esforço ao falar, coisa que não fazia nunca, acidentalmente mordeu os lábios da moça que, numa mistura de espanto e terror, pois conseguira entender alguns sons humanos saírem daquela boca canina, pôs-se a gritar ao sentir o calor do sangue a correr-lhe pelo queixo. Também assustado desapareceu no mundo e buscou refúgio em local ermo, de onde, após contato com a nave mãe, suplicou resgate e se foi em desgraça, sem cumprir a missão para qual fora designado, mas com o firme propósito, com mais das absolutas certezas, de que jamais voltaria a este louco e esquisito planeta.

Enquanto cruzava linha espacial em traçado rumo, conseguiu captar uma última transmissão de seu antigo dono. Este, cercado de homens fardados bradava aos quatro ventos:
— Não falei, não falei, “Meu cachorro é de Júpiter e estava apaixonado pela vizinha. Ela sorriu para ele e o cão tentou dar um beijo”, era isso, eu sabia o tempo todo e ninguém acreditou! Agora quero ver quem vai me dar outro cachorro do outro mundo.










Publicado no Jornal Correio em 8 de março 2011
Versão para Jornal está AQUI

sábado, março 5

O Encantador de palavras

A poesia está guardada nas palavras - é tudo que
eu sei.
Meu fado é o de não entender quase tudo.
Prepondero a sandeu.
Sobre o nada eu tenho profundidades.
Não cultivo conexões com o real.
Para mim, poderoso não é aquele que descobre ouro,
Poderoso para mim é aquele que descobre as insignificâncias:
(do mundo e nossas).
Por essa pequena sentença me elogiaram de imbecil.
Fiquei muito emocionado e chorei.
Sou fraco para elogios.

Manoel de Barros
do livro "O Encantador de Palavras", ediçõesQuasi, 2000