domingo, dezembro 31

Feliz cheiros novos


(para a amiga Lia Falcão)

Amiga, para o ano que finda e para o que se inicia
desejo-lhe cheiros. Sim cheiros.
Cheiro de mato, cheiro de cachoeira, fogão de lenha.
Chuva.
Cheiro de grama molhada, de vento de praia - maresia.
Jasmim em flor, parreira exuberante linda, uva.
Cheiro de pão de queijo, conserva de pimenta, vinho tinto.
Feijoada.
Cheiro de riso, de boa prosa de amizade nascente.
Perfume preferido, colorida florada.
Deixo cheiro e mais cheiros, um ano novo assim: cheiroso que só.
Repleto de alegria amiga Lia
Feliz cheiros novos manacá-de-cheiro, ano todo.
E claro um voô suave e seguro
de graciosa e doce harpia.

quarta-feira, dezembro 27

Tsunami

Pela manhã abri torneira da pia.
Cozinha do quintal.
Tinha um monte de formiguinhas, daquelas miudinhas se deleitando com
um pingo de sobra doce.

Tsunami doméstico. Agacharam-se todas em pânico grudadas em inox sem graça, puro brilho. Morte iminente.
Desespero/apego à vida.
Tive dó, fechei ligeiro a cachoeira.
Pelo que vi, salvaram-se todas.

william h. stutz
Uberlândia num finzinho de dezembro , o ano ainda é 2006

Menino D'us


Tarde da noite em lombo de carinhoso burrico, tenro olha para José santo.
Menino Deus encantado balbucia precoce/milagroso primeiras palavras:
_ Pa.. pa... pa...Paz

william h. stutz
dezembro/2006

domingo, dezembro 24

segunda-feira, dezembro 18

O hospital e o bailarino

No afã de registrar a inédita participação do poder público municipal no aperfeiçoamento do talentoso Igor, deixei de mencionar a imprescindível e mecenata participação do conceituado Hospital Santa Catarina na formação artística do bailarino de nosso cerrado junto escola Bolshoi.

Registra-se pois, que mesmo de maneira informal é possível um rico pas-de-deux cultural entre o público e o privado, viabilizando assim, a promissora carreira de um jovem que, de outra maneira com certeza não se alavancaria.

Quantos e quantos talentos estarão ai a espera de chance como esta para alçar vôo solo.
Parabéns Hospital Santa Catarina por cuidar e investir também na saúde cultural de nossa gente.

William Henrique Stutz
dezembro/2006

sábado, dezembro 16

Namastê !


Uma noite inesquecível no London, revelando curiosidades, desvelando o fascínio pela cultura e mística Indiana.

A Índia é realmente um pais maravilhoso e misterioso, uma das civilizações mais antigas e místicas do nosso planeta, cheio de contrastes com uma grande diversidade de línguas, hábitos, arte, música, culinária , rituais e praticas espiritualistas. Quem foi a este Pais se lembra de sentir um aroma constante de incenso e de seus condimentos e especiarias diluídos no ar, é uma constante também ver guirlandas de flores, usadas em oferendas , casamentos e datas especiais, tecidas por mulheres nas feiras sempre muito coloridas, encontrar sábios, acetas e sadhus vagando pelas ruas.

O indiano cultua uma grande quantidade de deuses (deidades) como: Brhaman, Ganecha, Rama, Shiva, Sarashvati, Lashimi, Krishna, Rhada,Sita, Ranuman e muitos outros, sendo que cada deidade é uma faceta de um só Deus. Utilizam símbolos como: o Om que representa o poder de Deus, o som primordial da criação, o princípio universal, é entoado no começo de todos os mantras e cerimônias; a Flor de lótus ,cresce na água pantanosa e não é afetada, representa que devemos ficar acima do mundo material apesar de viver nele, suas pétalas representam a "unidade na diversidade". A principal mensagem dessa cultura é a aquisição de conhecimento e a remoção da ignorância. Enquanto a ignorância é como a escuridão, o conhecimento é como a luz.

Venha vivenciar conosco esta noite auspiciosa e aconchegante , com Mostra Indiana de músicas, sabores, aromas, roupas, decoração e Yoga .


Dia 20 de Dezembro – Quarta feira
Local: London Pub
Abertura às 20:00h

A MÍSTICA-Cultura de Paz fará apresentações de práticas de Yoga às 20h30
Show Musical com o Grupo Nytiananda as 21h30


Folder com programação detalhada Clique AQUI

quarta-feira, dezembro 13

O prefeito e o bailarino


Em um momento em que artistas e desportistas deploravelmente se digladiam por recursos a nível nacional, nossa Uberlândia amanheceu recentemente mais especial e mais uma vez dando raro e belo exemplo.

Pouco se falou sobre o fato além de pequenas notas aqui e acolá, justiça seja feita, nosso Jornal Correio noticiou e bem o fantástico projeto de lei de nosso prefeito Odelmo Leão liberando recursos para a manutenção do jovem bailarino Igor Renato Silva em curso de um ano de duração junto à tradicionalíssima escola do Balé Bolshoi em Santa Catariana, única do gênero fora da Rússia.

Mais importante ainda se torna o projeto de nosso prefeito se levarmos em conta que investir em arte, notadamente dança, é coisa rara por nossas paragens.

Se patrocinar esportes como futebol, basquete, que são digamos, mais "palatáveis" já é pouco comum, imaginem então apoiar atividades culturais, em particular o balé.

Parabéns prefeito Odelmo pelo projeto, que seu exemplo seja seguido pela iniciativa privada afinal a lei federal de incentivo à cultura (Lei nº 8.313/91), ou Lei Rouanet como é conhecida está ai já debutante e parece que, pelo menos aqui é pouco acionada.

Parabéns professora Idelma Pereira de Almeida idealizadora e coordenadora do Projeto Dança na escola, decobridora de talentos. Parabéns ao Núcleo de Estudos da Dança, da Oficina Cultural. Parabéns Câmara Municipal que de pronto aprovou louvável projeto. Parabéns Uberlândia. Temos muito de que nos orgulharmos.


William Henrique Stutz
dezembro 2006

segunda-feira, dezembro 11

Boicote ao filme "Turistas"

(ufanismo ou vergonha na cara?)


Esta é uma campanha em massa para BOICOTAR integralmente o filme americano TURISTAS, que estréia lá em 1o de Dezembro e aqui em Janeiro ou Fevereiro, distribuido pela Paris Filmes. Para quem não sabe, o filme conta a história de 6 jovens americanos que vêm ao Brasil de férias.

Chegando aqui tomam uma caipirinha com 'boa noite cinderela', são assaltados, sequestrados, torturados e por fim têm os órgãos roubados por traficantes da industria negra dos transplantes.

Alguns morrem e mesmo os que sobrevivem não têm um final feliz. O filme é classificado como TERROR, comparado ao filme 'O Alberge', e a EMBRATUR já está tão preocupada com a péssima repercussão do filme lá fora que, temendo uma queda brusca na receita do país vinda do turismo internacional, já está preparando campanhas intensas para serem veiculadas lá fora e tentar minimizar os estragos.

Façamos então a nossa parte. Vamos fazer deste absurdo, pelo menos aqui no Brasil, um fracasso total de bilheteria. NÃO ASSISTAM, NÃO DÊEM $$$ A UMA PRODUÇÃO QUE SÓ VISA DENEGRIR NOSSA IMAGEM. Só pra se ter uma idéia, o trailer começa com a frase: 'Num país onde vale tudo, tudo pode acontecer!!!'

Passem essa mensagem para o maior número de pessoas, pois eu considero que seja nossa obrigação não passar nem na porta dos cinemas que estejam exibindo esse filme.

O trecho – quarto ato


São Sebastião não tinha padre, assim fixado, morando. Vez ou outra aparecia um na vila, coisa de espaço grande. Quando vinha fazia tudo no atacado, casamento, batizado, crisma, confissão: perdoava uns, penitenciava outros. Se o pecado era grande demais e a procuração de Deus não cobria, ai era aguardar o destino.
Até extrema-unção atrasada o padre dava.
Sem presença do moribundo, esse havia a tempos partido, mas a alma mesmo tarde era encomendada.

Morando lá apenas três irmãs missionárias, cuidando das coisas das coisas do espírito.
Certa feita teve festa. Fartura de comida e bebida, uns mataram tatu atropelado e fizeram farofa outro trouxe carneiro para assar.
As irmãs comeram enganadas achando que era frango e vaca.
No dia seguinte mesmo depois de elogiar a comida passaram mal ao saberem da procedência. Coisa da cabeça, guia em tudo até no gosto.

O padre por nome Dázio, este sim, gostava de carne de caça.
Dia daqueles ganhamos um rabo de jacaré, de tanta dó do bicho, cozinhou mal, ficou com gosto de couro, de baixeiro velho até Tupã o cão das caçadas fez pouco, quis não.
Jogar fora nem pensar. Veio a lembrança, toca a oferecer para Padre Dázio, ele estava na vila. Que maldade, será pecado?

Cobrimos a tigela com o mais alvo dos panos de prato da casa, linho branco com pequenas flores bordadas em azul e rosa, um primor de beleza. Chegamos à tardinha na casa paroquial, já escurecendo, o padre nos recebeu com um sorriso maroto, sentiu o cheiro do tempero – pouco via era ruim das vistas, pois não é que comer com os olhos não podia, nossa salvação.
O padre comeu ao enfaro – lambeu até osso, fazia gosto de ver.
E nós, livre ficamos do jacaré de má sina, pelo menos morreu por causa uma – alimentou padre. Cruzamos olhar cúmplice, sorrindo para dentro, de mãos dadas tomamos o caminho de volta, Futrica e Tupã a correr conosco rolando no pó – alegria de bicho.

As tardes e as noitinhas na vila não eram de passar. O vento ficava quieto, ofegante e cansado. O sol teimava em aquietar-se na distância, mas não sumia de todo rápido, era manso o seu sumir. Carregava de tinta e cor o céu, as matas e os pastos. Dava uma vontade e de não-sei-o-que-dava-de-vontade, era uma meia tristeza longe, amarro de boca de estomago – triste tristeza que vinha com a tarde finzinha. Doía. De certo era portanto que as gentes se matavam nessa hora. Choro preso.
Depois o breu. A noite enfeitada, já contei, estrelas adoeciam o céu de tantas que tinham. Nas noites sem lua então, dava sombra na terra-pó. Sombra de estrela.

Era nessas noites que nos vinham as luzes.
Eu mais Bia gostávamos de ir até fora da vila – em estrada que seguia rumo ao posto de leite, laticínio resfriador, um ermo.

Tinha um mata burro. Ficava no tope do trecho que rumava para o rio lá longe. Sentávamos lá quase sempre no silêncio. Namoro de respiração, carecia muito falar não. Contávamos sonhos, criávamos um mundo nosso, nossinho de fantasia, belo/lindo, puro sonho de tão bem sonhado.

Na calma dos contos ela devagar se anunciava. Tímida, primeiro brilhava rente ao chão quase sempre no meio da estrada. Parecia se oferecer. Candura. Flutuava com ainda pouco brilho prata-vermelho-azul palmo ou dois do chão. Como a buscar atenção aumentava o brilho, bailava em curvas rápidas para bem alto.

Sumia. No repente aparecia a poucos passos de nós já grande e agitada corria em rapidez de passarinho pela estrada, veloz. Sem aviso se atirava ao céu em frenética dança: rodopiava, parava se fazia vir/ir. Parava, parava. Apagava um pouco e outra vez vinha devagar para nós. Sem medo, sem som, sem vento. Só luz e movimento. Sumia. Cansou da gente sussurrávamos. Quando apercebíamos seu brilho em nossas costas na entrada da vila antes do limite criado, que era a sombra, a iluminação vermelha da lâmpada do primeiro poste. De lá ainda não tinha passado. Ainda.

Movimento rápido outra vez, sem ser brusco voltava a sumir para agora brilhar no meio do pasto. Riscava um oito imenso e com rastro no alto céu e sumia, agora só amanhã. Hora era uma sozinha, hora eram muitas. Ficavam perto, muitas ficavam longe muito longe lá no contorno do vale. Luz de carro dizia uns – mas como se lá nem estrada tinha, nem atalho, e até hoje não tem.
Uma feita eu mais Vilson Gato – nome de batismo mesmo Gato, não era por assim chamado apelido não – coisa de Padre Dázio? Ninguém afirma – resolvemos correr atrás delas.
Brincou conosco, corremos mais de quilometro e ela arteira na frente. Sumiu outra vez, zombeteira, já estava lá junto de Bia, e ela não via, só Vilson e eu cá de longe.

Carece sei eu de falar mais da aparência das luzes, difícil contar. Um diamante com luz dentro. Pronto descrevi, era assim. Ou quase, tem coisa sem jeito de contar, palavras faltam, estão aqui as lembranças não saem recontadas – difícil.
Tento: acende luz dentro do puro cristal, vai ver o que víamos toda noite no céu, na estrada, no pasto no mato – um brilho sem calor – suave e vivo. Era assim. Maravilhoso.

Gente estudada por lá esteve observando, vieram da capital. Aparelhamentos e muito observar. Ficaram uma semana – a luz só deu o ar da graça duas vezes – e rapidinho, acho que não gostou da cátedra – os professores se foram frustrados mas crédulos pois viram e filmaram, não contaram mais nada para nós da vila. Arrogância de doutor de papel, só, conhecedor nada da vida das gentes. Levou muito, nada, as luzes ficaram nossas.

Um dia, nem te conto, mas tenho que contar. Era um sábado – tarde da noite para nossa vila já dormindo. Fomos buscar a companhia mágica de nossas luzes. Nossas sim, todo mundo via, conhecia, mas não punham o reparo merecedor. Acostumaram e pronto – as luzes? Ah as luzes, sei estão lá fim de prosa, virou cerca, virou cobra, virou árvore, mas novidade não, nem te ligo. Perdeu o encanto para os quase todos.
Seguimos a acompanhar o bailado de luz por hora ou pouco. Depois nos colocamos a ir – surpresa – uma acompanhou o batido. Seguiu de longe. Entrou na vila desconfiada. Passou rente a farmácia fechada a anos, desceu a rua. Cruzou a outra rua. Na esquina o bar do Jorginho japonês, meia dúzia com as cabeças presas no dominó. Não adiantou gritar por nome, ninguém olhava.

Cruzou conosco, a meio trote a frente da escola e da igreja, à esquerda desceu rumo ao campo onde o circo ficava. A direita no fim do campo, a esquerda no corredor de gado onde morávamos. Não seguiu mais. Parou no moirão da cerca. Brilhava-brilhava. Descemos até o portão – e ela lá a vigiar. Não sabemos até quando ali ficou.
Sentimos estranha proteção.
Por muito passar de tempo com as luzes compartilhamos. Segredos e mágica.
Mudamos para cidade, as luzes, minhas luzes, as luzes de São Sebastião do Pontal. Se continuam lá não sei. Talvez falte platéia, talvez falte companhia. Hora vou lá de visita. Depois conto. O trecho ainda é longo, tem muita história, acabou não.

william h. stutz
dezembro 2006

quinta-feira, dezembro 7

Reconto de Natal - prosa

Reconto de Natal

Mais um Natal se aproxima e nas ruas vemos as vitrines com suas luzes multicoloridas, num pisca-pisca sem fim. Vozes afinadas e coros ensaiados entoam canções evocando a paz, cores e cheiros, confeitos e panetones exalam de todas as esquinas.

As ruas novamente cheias – gente aflita, em suas expressões a esperança de um novo tempo, falsas alvíssaras.
Acentuadas diferenças, a orgia do consumo desenfreado fazendo contraste com a miséria escancarada/escondida. Avareza?

Em nome Dele – banquetes são preparados, aves são abatidas, gordurosas carnes compõem o cardápio. E vinho, muito vinho puro néctar. Gula?

Nos locais de trabalho o tradicional amigo oculto, secretamente sorteado. Confraternização geral – em muitos casos o que se vê são trocas de beijos de Judas entre inimigos afáveis de cordialidade curta. Ira? Inveja?
Mais uma vez em nome Dele observamos falsa alegria.
Para poucos luxo, consumismo e desperdício. Soberba?

Mas um olhar mais atento para nossas sarjetas, para as marquises à nossa volta e poderemos perceber que elas escondem o horror da farsa/festa. Enquanto que em ambientes requintados banham-se em caras fragrâncias. Luxúria?

E imaginar que em manjedoura distante um Menino pode, envergonhado, estar chorando tristes lágrimas pela insensibilidade humana.

Não sei não, às vezes me pego a pensar: "Será que mais uma vez não esquecemos de convidar O homenageado para Sua grande festa de aniversário?" Preguiça?

William H. Stutz
dezembro 2006

quarta-feira, dezembro 6

Estamira: a salvação no lixo



CONVITE

Primeira exibição do Cine Club Rosebud com o filme

Estamira
de Marcos Prado

Dia 10 de dezembro às 17:00 no Palco de Arte, (Uai Q Dança)
Rua Manoel Alves, 22, Fundinho.
Entrada franca.

Será realizada uma discussão com a participação dos Prof.(s)
Paulo Buenoz ( Arte-UFU),
Maria Lúcia Castilho Romera (Psicologia-UFU) e
Iara Magalhães (Cinema- UNITRI).


Estamira conta a história de uma mulher de 63 anos que sofre de surtos esquizofrênicos e trabalha há mais de 20 anos no Aterro Sanitário de Jardim Gramacho, no Rio de Janeiro.

Carismática e maternal, Estamira convive e lidera uma pequena comunidade de velhos que habitam o lixão. Filmado desde 2000, quando começou a se tratar num centro psiquiátrico público, o filme mostra seu cotidiano ao longo de 3 anos, a sua transformação e os efeitos dos remédios que se obriga a tomar.

Não percam!

segunda-feira, dezembro 4

Reconto do Natal - verso


Luzes multicoloridas
vozes afinadas, cores e cheiros.
Panetone.

Ruas cheias, falsas alvíssaras.
Acentuadas diferenças
Orgia, consumo, miséria escancarada/escondida.
Avareza

Em Seu nome comer e beber à larga
Aves abatidas, gordurosas carnes,
Vinho, puro néctar.
Gula

Beijos de Judas,amigos sorteados secretamente.
Inimigos afáveis, cordialidade curta.
Ira

Pequenos papéis em caixa de recados - bilhetes
anonimato, perjúrio, maldade.
Inveja

Em nome Dele falsa alegria
Renascimento e luxo - poucos.
Soberba.

A sarjeta, os andaimes, as marquises
a esconder horror da farsa/festa.
Em salões requintados banham-se em caras fragrâncias.
Luxúria.

Em manjedoura distante
Menino chora envergonhado: insensibilidade humana.
Preguiça.

william h. Stutz
dezembro/ 2006


Ilustração:

Hieronymus Bosch
Os Sete pecados capitais, 1480, óleo sobre madeira (mesa), 120 x 150 cm.
Museu do Prado – Espanha:

http://museoprado.mcu.es/home.html


Mais sobre esta obra de Bosch:

http://www.casthalia.com.br/a_mansao/obras/bosch_mesa.htm