segunda-feira, dezembro 28

Navegar

De um porto, de uma praia

embarcar, e então...

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Navegar...

até um paraiso alcançar !





quarta-feira, dezembro 23

Poemando

Clica que amplia



Abelhas em dezembro garantem ceia farta.
Nada sabem de Natal, de ano novo.
O tempo em seu pequeno/doce/rico/risco mundo simplesmente acontece.
Sem gastanças, soberbas ou hinos.
Abelhas em dezembro vivem em paz todos os anos


terça-feira, dezembro 22

Abelhas de dezembro

Abelhas em dezembro garantem ceia farta. Nada sabem de Natal, de ano novo. O tempo em seu pequeno/doce/rico/risco mundo simplesmente acontece. Sem gastanças, soberbas ou hinos.
Abelhas em dezembro vivem em paz todos os anos

segunda-feira, dezembro 21

2010



Que 2010 seja um marco na vida de cada um de nós
Quer nos tornemos pessoas melhores, mais sensatas, humildes, mais humanas
Mais prósperas, mais belas, felizes
sejamos pois regidos de positivas e construtivas ganas

Que 2010 seja um ponto de partida
Que possamos sorrir mais, fazer mais
Viver em plenitude a vida
Um marco de avanço/coragem desmedida

Que 2010 se torne ano de colheita farta e pura
Não apenas de metais, jóias e fortuna
mas de muita bondade, tolerância, amizade,
E junto, muita beleza, saúde e ternura


dezembro 2009

quinta-feira, dezembro 17

Cogumelos

Amanhecer no cerrado.
Do solo úmido brotam dourados cogumelos.
Mística mágica da vida. Do pó o belo.
Em esporos logo se desfazem, propagam, perpetuam.









quarta-feira, dezembro 16

O sertão

" O sertão é do tamanho do mundo"

Todo-o-mundo é louco. O senhor, eu, nós, as pessoas todas. por isso é que se carece principalmente de religião: para se desendoidecer, desdoidar. Reza é que sara da loucura. No geral. Isso é que é salvação-da-alma... Muita religião, seu moço! Eu cá, não perco ocasião de religiaão. aproveito de todas. Bebo água de todo rio... Uma só, pra mim é pouca, talvez não me chegue. (...) Tudo me quieta, me suspende, qualquer sombrinha me refresca. Mas é só muito provisório. Eu queria rezar - o tempo todo.

Olhe: tem uma preta, Maria Leôncia, longe daqui não mora, as rezas dela afamam muita virtude de poder. Pois a ela pago, todo mês - encomenda de rezar por mim um terço, todo santo dia e, nos domingos um rosário. Vale, se vale. (...) E estou, já mandei recado para uma outra, do Vau-Vau, uma Izina Calanga, para vir aqui, ouvi de que reza também com grandes meremerências, vou efetuar com ela trato igual. Quero punhado dessas me defendendo em Deus, reunidas de mim em volta...

Viver é muito perigoso... querer o bem com demais força, de incerto jeito, pode já estar sendo se querer o mal, por principiar. (Riobaldo em Grande Sertão)

São Tomé no Correio



São Tomé no Jornal Correio, clique bem AQUI
[Em pdf, mas é arquivo pequeno, pode baixar sem susto]

sexta-feira, dezembro 11

Parágrafo terceiro


Chegamos pois para as festas e não havia como prever se iriam ou não refazer nosso contrato de professor lá em Iturama, São Sebastião era distrito deles. Hoje pertence a Carneirinhos, todas as estradas estão asfaltadas, tem ponte ligando a Paranaíba. A balsa aposentou. Não pesco um tucunaré por lá há anos.

O governo municipal tinha acabado de mudar. Não tínhamos a menor ideia de quem era o prefeito vencedor. Era o quanto estávamos distantes de Uberlândia. Revistas e jornais só líamos as que o Gomes da Livraria Pró Século nos enviava por ônibus. Revistas sem capa pois delas necessitava para devolver à editora.
Os Jornais em média vinham com duas a três semanas de atraso. Devorávamos tudo com uma fome de informação insaciável.

O secretário de saúde empossado à época já me era conhecido em razão de um parentesco (dele) com antigo namorico adolescente (meu) de Belo Horizonte de onde vim para aqui Medicina Veterinária estudar na então UnU poucos meses federalizou e virou UFU.

Aquele, "gentilmente" me "convidou" a aqui ficar e contribuir na implantação e estruturação da nova Secretaria de Saúde.

Paira uma dúvida envolta em neblina de memória seletiva, não sei mais se convidado fui ou se na busca por sobrevivência e volta a terra, pedi trabalho. Só sei que de um modo ou de outro paguei com juros e correção o favor.

Trabalhamos como escravos e ainda tinha um que dar amém no fim do dia/noite como se favor fosse.
Maravilha, juventude, pobre de mim, pobre de nós - né Venturi e Marcinho!?

Rede de coleta

Vi esta rede no grupo "Murciélagos de Colombia" no Facebook achei interessante. Alguém tem experiência com este tipo de equipamento?

Clique nas fotos para ampliá-las





Photos Added by Diego Fernando Casallas [1 e 2]
and Miguel Eduardo Rodríguez-Posada [photo 3]
para o grupo "Murciélagos de Colombia" no Facebook

quinta-feira, dezembro 10

Bicho novo na praça

Nova espécie de morcego encontrada aqui em Uberlândia.
Eumops maurus!
Depois de trabalhar na lupa e nas chaves de classificação por horas, mérito aqui do Edilson (Geninho)e depois pelo paper [veja aqui]e informações que gentilmente recebemos de Maricélio de Medeiros Guimarães, as informações de Roberto Leonan Morim Novaes, as dicas de Susi Pacheco o retorno de Wilson Uieda e de vários outros especialistas concluímos que sim.
O morcego vai ficar depositado em nossa coleção e já estamos escrevendo a nota prévia desta primeira constatação em Minas Gerais.

Fotos: William H Stutz








Armazen

A história

Parágrafo segundo

Voltamos para Uberlândia de lugar que na época era considerado o fim do mundo para a maioria das pessoas. Viemos a princípio apenas para as festas de fim de ano.

São Sebastião do Pontal, nosso pequeno paraíso fincado quase na divisa com o Mato Grosso tinha ficado para trás envolto em nuvem de poeira e mais adiante depois de grossa porém breve chuva já perto de Monte Alto, hoje Alexandrita, brotavam do nada intransponíveis atoleiros de terra massapé. Mas esta é outra prosa que já comecei a contar em outro trecho.

Psicóloga e Veterinário. Éramos lá professores de pequena escola rural e pronto. Se hoje falamos em crise, é por que poucos se lembram daquele ano, do ano anterior e dos que ainda estavam por vir.

quarta-feira, dezembro 9

Lei municipal


Se eu fosse vereador por um dia criaria uma lei apenas: Fica terminantemente proibido o corte de árvores no município mesmo em terrenos baldios. Quer construir? Adequemos pois projetos à cobertura verde, nem que seja um singelo arbusto de gabiroba. Será que lei assim passaria?

O melhor dos mundos

Memories

"... as coisas não podem ser de outro modo: pois, como tudo foi criado para uma finalidade, tudo está necessariamente destinado à melhor finalidade.”
Cândido ou o otimista

Voltaire
Comecei a escrever minha autobiografia não autorizada, vertente profissional, saúde pública. Começa em lá, num remoto início dos 80. Narrativa na primeira pessoa.
Vamos ver no que dá. Boa sorte e coragem para mim. Pois se vai agradar a alguns, outros vão ficar P da vida. Conto história acontecida, não invento nada, “duela a quien duela”. Mas calma, não é uma ameaça, é uma promessa

Parágrafo primeiro:
Não muito longe de completar 30 anos de atuação como servidor público, me sinto impulsionado a escrever este relato. Não espero que o mesmo jamais seja publicado em jornal local ou ao menos lido por alguns motivos básicos. Em primeiro lugar: a quem interessaria a saga de um servidor municipal? Em segundo, é certo que ao final dessa historia o texto terá indubitavelmente mais 3400 caracteres com espaço, portanto inadequado para o espaço que gentilmente o Jornal reserva aos leitores.

terça-feira, dezembro 8

São Tomé

Depois do milagre da ressurreição da torta de camarão em certo hiper mercado, resolvi ficar mais atento. Nada pelo visto é o que parece ser, pelo menos para os lados do consumidor.

Me veio então uma idéia no mínimo dantesca, que à primeira vista me pareceu inefável: resolvi medir rolo de papel higiênico. Será que aqueles alvos e macios rolos teriam mesmo os tantos metros indicados na embalagem? É que nós, simples mortais, dados à consumição, andamos tão enganados que fica difícil acreditar no "vale o que está escrito". Na zôo contravenção do barão de Drummond afirmam que sim, sei lá eu.

A idéia, a principio maluca, carecia de bases científicas e testemunhais para ter valor real. Pensei em filmar o experimento e depois colocar no Youtube, junto com o gato comendo carne no açougue. Desisti. Como na internet quase tudo também não é o que é, assim como as pessoas não são o que ou quem dizem ser, logo alguém no meio da multidão virtual dará um grito: — Mais uma pulha! Um fake, farsa total!

Pensei então em criar uma comissão de alto nível. Uma banca especializada. Mas onde encontrar doutores, PhDs em medir ph? Como os experts, além de raros, são de difícil lida, fiquei imaginando o longo e inútil debate acadêmico que estaria fomentando. Questões do tipo se o picotado do papel deveria entrar na medição ou se deveria ser descontado paquimetricamente (de paquímetro e não paquiderme),do resultado final.

Como quase tudo no mundo dos muito especializados, da academia, exceções à parte é óbvio, a discussão duraria uma eternidade, demandaria pesquisa pura e altos financiamentos em projetos, bolsas e simpósios, e cá para nós, no fim, jamais se chegaria a uma conclusão e ainda ficariam criadas duas escolas, duas linhas de pensamento filosófico contemporâneo, em medir o quê? Papel higiênico. Achei melhor não envolver os gênios em minhas pendências existenciais.

Então, em surto de lucidez, me dei conta de que já contamos com órgãos e instituições próprias para isso. Criadas para nos proteger, defender a população e seu bolso contra o descaso e desrespeito. Foquei na instituição maior, aquela federal.

Mas só de pensar na papelada que teria de preencher, nas justificativas que teria que apresentar, me deu tristeza, larguei para lá. Pensei no Procon. Mas também mudei de idéia. Pelo que acompanho, sei bem da competência daquele órgão. Sei que fazem das tripas coração com o pequeno número de agentes de seu quadro, portanto seria uma falta de consideração da minha parte solicitar ao respeitado e atuante órgão destacar um servidor para auditar medição de papel higiênico. Não seria justo nem de bom alvitre.

Me veio à baila história do moço cujo carro furou o pneu em estrada da roça e que estava sem macaco. Resolveu andar até fazenda próxima para pedir emprestado. Com pouco dinheiro no bolso, durante o percurso sofismava. Se pos a imaginar quanto o dono da fazenda iria lhe cobrar pelo uso do equipamento. À medida que se aproximava, a quantia imaginária subiu tanto, mas tanto que, depois de bater à porta, já descarregou sua raiva em atônico e sonolento senhor que mal havia destravado a tramela: — Sabe o que você faz com esse seu macaco!?
Andamos ficando com raiva antes da hora.

Querem saber, mudei de idéia, vou mesmo é contar palito de fósforos e de dentes.Quero ter absoluta certeza de que as caixinhas contém o que prometem. Pago para ver.


segunda-feira, dezembro 7

Esparramando idéias

Esparramando idéias, alma lavada.
E ainda me pagam para fazer o que tanto gosto.





Tem mais aqui

terça-feira, dezembro 1

domingo, novembro 29

Tenho sede


Fotografia: Campo de refugiados. Tanzania, 1994. Sebastião Salgado


E não é que acharam cem litros de água na lua? Espantoso. Porém, enquanto lá no cosmo, sem alarde, ruído ou consulta prévia a poetas e dragões, sonda espacial recheada de caríssima tecnologia se espatifava em solo lunar, para desalento de trovadores e afins, na busca de poça d’água, aqui embaixo, mais de um bilhão de pessoas passam sede ou não têm acesso a água potável.
No Brasil cerca de 600 mil pessoas estão sedentas, sofrendo a quase total escassez do precioso líquido, isso só no sertão do Piauí.

Um artigo publicado no “L’Osservatore Romano”, tempos atrás, trazia em manchete "A sede mata filhos da África”: “Na África, morre uma criança a cada quinze segundos, porque não tem acesso à água potável", rugia o diário da Santa Sé.

No ano passado uma ONG belga e a Cruz Vermelha conseguiram arrecadar 3,3 milhões de euros e ainda ganhar dois Leões de ouro, um de prata e um Titanium Intregated em Cannes com campanha usando o mesmo clamor do jornal católico.
Produziram um filme dramático, "Thirsty Black Boy". Não viu? Ainda há tempo, pois está no Youtube onde pode ser encontrado sob o título "Black Boy Wanting Water".

O filme parte do constatado fato de que todo apresentador de televisão aparece sempre com um copo d`água ao seu lado. Durante vários dias o misterioso vídeo, que não estava ainda assinado, mostrava um garoto negro invadindo rapidamente e sem cerimônia, ao vivo, estúdios de emissoras de TV de todo o país. Agarrava e bebia vorazmente aqueles copos e, sem dizer palavra, saia correndo. Os entrevistados, que não sabiam de nada, olhavam atônitos e visivelmente nervosos a ação do garoto, apenas observam-no.

Pois bem, esta louvável e muito bem produzida criação arrecadou como já disse 3.3 milhões de euros para combater ou amenizar o sofrimento dos filhos da África.
Muito mais tem que ser feito. Ações isoladas ajudam, mas não resolvem. Não basta ver ou ler sobre campos de refugiados em Gaza, na Cisjordânia ou, voltando ao continente africano, onde está o maior campo de refugiados do mundo, em Daddab no Quênia, onde segundo a ONU se amontoam 270 mil almas. E a cada quinze segundos, se vai uma criança, de sede.

Criticar acúmulo de riquezas da Santa Madre Igreja ou os exorbitantes milhões de dólares gastos com mais esta expedição da NASA para encontrar água em nossa vizinha celeste é, me perdoem o sarcasmo, chover no molhado. O mundo também tem sede de ações globais e permanentes.
Recursos existem, só precisam ser aplicados nos lugares certos ao tempo e à hora. Quanto dá isso em segundos?

Um pouco de bom senso e verdadeiro amor ao próximo seriam suficientes para, se não acabar, pelo menos começar de fato a resolver o problema de tantos espalhados pelo mundo. O foco deve estar errado, é como tentar resolver o problema do outro sem ter arrumado a própria casa.

Bordão eu sei, mas nós só temos um planeta terra, um único e solitário lar em meio a bilhões de outras terras inatingíveis, pelo menos por enquanto. Não varrer calçada com mangueira, escovar os dentes com a torneira fechada e segundo sugestão recente, até fazer xixi no chuveiro durante o banho.

Um bom começo, pois a se continuar como está não teremos apenas uma África sedenta, mas em breve um planeta inteiro, seco, rajado em pó/poeira, e só. Mas na lua encontraram cem inacessíveis litros de água e aqui, a cada quinze segundos, morre uma criança, de sede.




Publicado no Ponto de Vista do Jornal Correio em 29 de
novembro 2009

sexta-feira, novembro 27

Ação Moradia



Mais Informações www.acaomoradia.org.br

Alfreeedoooooo

A propaganda da marca de papel higiênico Neve veiculada nesta quinta-feira em rádios de várias capitais do País usa o bom humor ao fazer referência ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, à ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, e ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

A peça publicitária utiliza a voz de um imitador do presidente Lula e brinca com a sonoridade da palavra "pack" para divulgar o novo pacote da marca, com 16 rolos de papel higiênico.


Super criação da DPZ

Pessoalmente acho que a ministra está a cara do Michael Jackson na imagem de abertura do áudio

quinta-feira, novembro 26

Aventura

Aventura ou teste de sobrevivência [ponto de interrogação]

Ontem fomos experimentar os sanduiches do recém-inaugurado "Crazy Dog"[ponto]
O Chopp é ótimo [ponto]
Não me pega fácil mais não, talvez a garotada goste [ponto] Paladar não é exatamente o forte deles, as companhias sim. Sugiro que fiquem no Açai [ponto final]

quarta-feira, novembro 25

terça-feira, novembro 24

BlueSesc

O SESC UBERLÂNDIA convida você para o evento BlueSesc que será realizado dia 25 de novembro de 2009 no London Pub, com participação das bandas: BR Blues Band (Uberlândia)e Blues Etílicos(Rio de Janeiro)

Clique no convite para detalhes

Unimed Londrina

Repasso e repassaria mil vezes, façam o mesmo!

"Eu não poderia deixar de colocar aqui no blog este vídeo que mostra algumas das injustiças que não deveriam acontecer mais nesse nosso país. Assista:"



Caros amigos,

A UNIMED LONDRINA está negando pagar a continuação da minha quimioterapia.
Se quiserem me ajudar, por favor, envie mensagem para faleconosco@unimedlondrina.com.br
com o seguinte texto:

"Minha indignação com o não pagamento da quimioterapia de Ana Maria Camin de Menezes, pouca ética, pouco respeito."

Também, se quiser acessar meu depoimento no YOUTUBE, deixar comentários e encaminhar para o máximo de pessoas possível, eu agradeço de coração.
http://www.youtube.com/watch?v=cJi8a5BrjA8
Ana Maria Menezes

Não deixe de enviar o seu e-mail! Temos que lutar pelos nossos direitos sempre! Vamos fazer um país mais justo!

Nem tudo é

De Vinícius Lemos via twitter @vlemos. Compartilho.

Pontos cardeais

Sempre muito me chamou atenção, principalmente em filmes, a facilidade com que os americanos, em particular os policiais, se referem aos pontos cardeais. Se alguém pede uma informação logo vem algo do tipo: você segue a oeste cinco ruas, depois vira para leste na rodovia principal, anda mais algumas milhas, só eles usam as excludentes milhas, depois retorna noroeste mais algumas quadras.

Dúvidas pairam se tudo isso é real ou mais um engodo hollywoodiano.
Mesmo tendo morado muito tempo nos Estados Unidos, no gelado estado de Michigan e carregando o fardo de uma dupla cidadania, puxo da memória e não me lembro desses termos sendo usados rotineiramente.

Tá certo, a maioria das ruas de lá trazem em seus nomes a direção geográfica da via de acesso, coisas do tipo East Jefferson Ave, ou W Davidson St. Mas logicamente não são todas. Penso cá com meus botões, será que os irmãos e primos do norte já nascem com bússola na cabeça? Sabem mesmo onde fica o norte, o sul, o leste e o oeste? Será mesmo que aqueles que se orgulham de terem sido escoteiros ou Boy Scouts of America (BSA), dominam com total desenvoltura as direções? Eu mesmo só cheguei a Cub Scout ou Lobinho e nem ao tradicional canivete suíço Victor Inox tive direito.

Bom, no cinema pode-se garantir que sim. Basta o mocinho e a mocinha se perderem em densa, escura e labiríntica mata de pinheiros para que, num só lamber e erguer de dedo ao vento, venha a famosa frase: - vamos, o leste é para lá. Não dá outra, passadas algumas suadas horas cheias de tropeços e quedas - da mocinha - de olhares de desaprovação - do mocinho - de uma ou outra carreira de urso pardo que em pé ataca gritando escandalosamente. Sem contar o ataque de praxe de lobos bravios que é normalmente enxotada, pelo valente mocinho, com um singelo pedacinho de pau. Acabou não: chega a hora das inevitáveis e carimbadas corredeiras de rios bravios, onde sempre aparece um providencial tronco caído para servir de ponte. Chegando-se enfim a conhecido velho posto de gasolina, habitualmente deserto e no qual, claro, ou o telefone não funciona, seja por falta de moedas ou porque a telefonista - claro - se recusa a fazer ligação a cobrar. Bom, aí já é outra história e continuação de filme. Mas finalmente acham o tal leste. Ufa!

Parece mesmo é que por lá essa de citar pontos cardeais é uma coisa tão mecânica quanto para nós aqui um - Sobe a Rondon até a Rio Grande do Sul e vira á esquerda!

Mesmo em Brasília você acretida mesmo que candangos de outrora e brasilienses atuais, que com uma facilidade gringa nos mandam de uma Asa Sul a uma W3 norte, sabem em que ponto nasce e se põe o sol? Sabem pelo mesmo separar o oriente do ocidente, assim na lata?

Tenho comigo que, a maioria de nós aqui consegue no máximo identificar no mapa do Brasil o norte e o sul e quase sempre com base em times de futebol ou em catástrofes climáticas. Até com as estações do ano fazemos confusões. Não raro ouço que inverno é tempo de chuva e isso sustentado pelo termo “invernada” que, segundo o Aurélio, não está totalmente errado, ainda que, do lado de cá do planeta, o inverno seja mesmo tempo de estiagem braba.

Imagino que a maioria dos humanos age mesmo é como aves migratórias,indo de um ponto ao outro, pouco ligando para a rosa dos ventos. O importante mesmo é chegar, não perder o rumo. Nunca perder o norte da vida, mesmo que se marche para o sul.




um dia de 2009
Publicado no site literário Anjos de Prata

E no Jornal Correio - AQUI