O CORREIO publicou outro dia, crônica de autoria deste que vos fala: “Sofomania”. Após o ocorrido, recebi algumas tantas mensagens de pessoas que se deram ao trabalho de ler o texto. Alguns elogios, outras tantas criticas, questionando meu modo de escrever. Alguns foram diretos e logo avisaram que não entenderam nada, que eu estava meio metido a besta e usando palavreado complicado. Reli o dito. Sinceramente não achei assim tão não. Mas prometi; reescreveria o texto de maneira que pudesse ser, digamos, mais facilmente entendido seguindo a tendência da educação que busca caminho mais suave, sem trocadilhos, e até da televisão que vai simplificar a linguagem. Espero que nosso CORREIO não se incomode de publicar esta nova versão.
Sofômano é aquele sabe tudo, no argumento ou no grito. Se o assunto é carro, ele logo soltava seu palpite: se conseguir apertar a arruela, que fica debaixo do estufagador, o carro vai colar no chão nas curvas e derrapar menos.
Jamais discorde de um cascateiro, nem que a vaca tussa. É chover no molhado e a conversa acaba logo ou em briga.
Se a prosa for futebol, aí vira um Deus nos acuda. Seria o mesmo que convencer Atleticano a torcer para Cruzeiro, ou Colorado comemorar gol do Grêmio. Mas ele vai tentar, aposto. Entende de tudo que é esporte. Porque os técnicos não lhe dão ouvidos? Queixa-se.
Um dia falamos de física quântica, que é aquela que não estudamos no colégio e que depois ou se apaixona, meu caso, ou passa a considerá-la coisa de ficção, bruxaria.
Foi bolada por Max Planck que por uma dessas coincidências do destino, era físico. A “catástrofe do ultravioleta”, não é enredo de escola de samba, é uma teoria que mistura eletromagnetismo, tipo assim coisa de imã, e coisas térmicas, que nem garrafa de café. Não é bem isso, mas vá lá. E o senhor Raylegh-Jeans que criou a tal catástrofe, não inventou a calça Lee ou Levis, era também, outro físico. Povo danado esses físicos.
O único assunto que fazia o cara ficar quietinho era quando a conversa ia para o lado de nossos amores, nossas namoradas, nossas paixões. Podem notar, o cascateiro é via de regra um cara só, nunca tem ninguém. Também pudera já pensou casar com uma pessoa vacinada com agulha de vitrola? Se for homem vai querer ensinar médico fazer parto da companheira. Se for mulher vai virar o espeto do churrasco a todo momento e ainda tentar convencer que a carne boa é a esturricada e seca e que cerveja é amarga demais. Como se pode gostar disso?
Mas o que eu queria mesmo contar é que as eleições podem parecer distantes, mas estão aí beirando. Temos obrigação de pôr atenção em quem vamos votar. Cuidado com aqueles candidatos que, como o personagem da história, cantam de galo, dizem que sabem tudo e que no estalar de dedos os problemas estão resolvidos. Que se dizem competentes por serem jovens, ou que se dizem velhos e, portanto tudo sabem. Aqueles que prometem mundos e fundos, de férias na praia a vaga no paraíso, fuja deles. Atenção redobrada na história de cada um. Atenção! De resto era esta a ideia.
Se compliquei, desculpe, mas quando escrevo não domino meus dedos, nem meus pensamentos, não os policio, nem os censuro, sai o que sai. É isso. Ah! Charles De Coster foi um novelista belga. Manoel Bandeira um grande escritor brasileiro e sua Pasárgada, um sonho.
Sofômano é aquele sabe tudo, no argumento ou no grito. Se o assunto é carro, ele logo soltava seu palpite: se conseguir apertar a arruela, que fica debaixo do estufagador, o carro vai colar no chão nas curvas e derrapar menos.
Jamais discorde de um cascateiro, nem que a vaca tussa. É chover no molhado e a conversa acaba logo ou em briga.
Se a prosa for futebol, aí vira um Deus nos acuda. Seria o mesmo que convencer Atleticano a torcer para Cruzeiro, ou Colorado comemorar gol do Grêmio. Mas ele vai tentar, aposto. Entende de tudo que é esporte. Porque os técnicos não lhe dão ouvidos? Queixa-se.
Um dia falamos de física quântica, que é aquela que não estudamos no colégio e que depois ou se apaixona, meu caso, ou passa a considerá-la coisa de ficção, bruxaria.
Foi bolada por Max Planck que por uma dessas coincidências do destino, era físico. A “catástrofe do ultravioleta”, não é enredo de escola de samba, é uma teoria que mistura eletromagnetismo, tipo assim coisa de imã, e coisas térmicas, que nem garrafa de café. Não é bem isso, mas vá lá. E o senhor Raylegh-Jeans que criou a tal catástrofe, não inventou a calça Lee ou Levis, era também, outro físico. Povo danado esses físicos.
O único assunto que fazia o cara ficar quietinho era quando a conversa ia para o lado de nossos amores, nossas namoradas, nossas paixões. Podem notar, o cascateiro é via de regra um cara só, nunca tem ninguém. Também pudera já pensou casar com uma pessoa vacinada com agulha de vitrola? Se for homem vai querer ensinar médico fazer parto da companheira. Se for mulher vai virar o espeto do churrasco a todo momento e ainda tentar convencer que a carne boa é a esturricada e seca e que cerveja é amarga demais. Como se pode gostar disso?
Mas o que eu queria mesmo contar é que as eleições podem parecer distantes, mas estão aí beirando. Temos obrigação de pôr atenção em quem vamos votar. Cuidado com aqueles candidatos que, como o personagem da história, cantam de galo, dizem que sabem tudo e que no estalar de dedos os problemas estão resolvidos. Que se dizem competentes por serem jovens, ou que se dizem velhos e, portanto tudo sabem. Aqueles que prometem mundos e fundos, de férias na praia a vaga no paraíso, fuja deles. Atenção redobrada na história de cada um. Atenção! De resto era esta a ideia.
Se compliquei, desculpe, mas quando escrevo não domino meus dedos, nem meus pensamentos, não os policio, nem os censuro, sai o que sai. É isso. Ah! Charles De Coster foi um novelista belga. Manoel Bandeira um grande escritor brasileiro e sua Pasárgada, um sonho.
Publicado no Jornal Correio em 21/07/2011 - clique abaixo