"Se for falar mal de mim me chame, sei coisas horríveis a meu respeito" (Clarice Lispector)
quarta-feira, setembro 30
terça-feira, setembro 29
segunda-feira, setembro 28
Nada a declarar
sexta-feira, setembro 25
TOC e a gripe
A nova gripe trouxe para alguns, por incrível que pareça se não conforto, um grande alívio. Os portadores de Transtorno Obsessivo Compulsivo, TOC, nunca se sentiram tão “normais”, tão iguais a todo mundo. Se antes sofriam para esconder suas fobias, hoje passam despercebidos na multidão, além de se tornarem também instrutores de higienização sem sentir culpa: — Não, não é assim que se faz, tem que esfregar mais entre os dedos, dá mais uma passadinha nas costas da mão, isso, agora sim.
Pode parecer pura brincadeira com coisa séria, mas não o é. Os portadores de TOC sofrem horrores, são discriminados, e olhados de lado, como se fossem bichos-grilos. Quando não, tachados de cheios de frescuras sem sentido. Falo com conhecimento de causa, pois eu mesmo sou um deles e tenho um monte de manias: verificar várias vezes se acionei o alarme do carro, num pisca-pisca sem fim. Se fechei a porta da geladeira ou se fechei o registro do gás.
Outra mania que carrego desde bem pequeno é a de ler tudo de trás para adiante. Inventando um linguajar todo meu, passo a conversar sozinho usando as palavras assim lidas, posso garantir é muito mais divertido do que a língua do “pê”.
Certo, não cheguei, ainda, a ponto de não abrir porta de banheiro público, de deixar de andar de ônibus ou de contar dinheiro, obviamente lavando as mãos após estas e outras atividades, pois assim fazia mesmo antes da gripe, sem culpa ou medo exacerbado. Também já fui rotulado de adepto compulsivo do colecionismo, principalmente em se tratando de panelas de ferro e móveis antigos. Diga-se, de passagem, que minhas panelas não viram meras peças de decoração não, são para uso mesmo, afinal, um feijãozinho na panela de ferro tem ou não tem seu lugar?
Quanto aos móveis, estou temporariamente impedido, pois nada mais cabe em minha casa.
Todos nós carregamos nossos rituais, nossas repetições, evitações. Tudo depende do grau destas e se elas interferem ou não em nossas vidas de maneira negativa.
Lavar as mãos antes das refeições é educação e sanitariamente correto e necessário. Toda criança, se não sabe, deveria ser ensinada a saber. Agora, lavar as mãos após cada garfada já fica complicado.
TOC nunca foi tão normal. Desde as lavações repetidas de mãos e topar com irresistíveis garrafas de álcool gel estrategicamente distribuídas por todos os cantos e recantos da cidade, não somos notados. Ninguém mais nos observa. Os olhares com as sobrancelhas e risinhos disfarçados andam sumidos. E quer saber, estou começando a achar tudo isso uma chatura, uma mesmice. Já estou querendo minha esquisitice de volta. Resta-nos um consolo, em épocas de pandemias passamos a ser exemplo de conduta, mão de obra qualificada e disputadíssima. Façamos de nosso TOC uma arte. Vamos vender bem nosso peixe.
Tem TOC? Se te incomoda muito a ponto de atrapalhar sua vida, não vale a pena o sofrimento, não tenha vergonha ou medo do que vão pensar ou dizer. Procure ajuda médica. A terapia cognitivo-comportamental (TCC), segundo os especialistas, traz resultados fantásticos. Todos têm o direito à felicidade, do bem sentir. A vida é muito curta para sofrimentos evitáveis.
Mas se, como eu, você prefere levar sua idiossincrasia numa boa e bom humor, se exponha, afinal você e eu é que tínhamos razão. Com a gripe ou sem ela, de agora em diante, estamos brilhantemente na moda. Às nossas manias, um toque de arte.
Pode parecer pura brincadeira com coisa séria, mas não o é. Os portadores de TOC sofrem horrores, são discriminados, e olhados de lado, como se fossem bichos-grilos. Quando não, tachados de cheios de frescuras sem sentido. Falo com conhecimento de causa, pois eu mesmo sou um deles e tenho um monte de manias: verificar várias vezes se acionei o alarme do carro, num pisca-pisca sem fim. Se fechei a porta da geladeira ou se fechei o registro do gás.
Outra mania que carrego desde bem pequeno é a de ler tudo de trás para adiante. Inventando um linguajar todo meu, passo a conversar sozinho usando as palavras assim lidas, posso garantir é muito mais divertido do que a língua do “pê”.
Certo, não cheguei, ainda, a ponto de não abrir porta de banheiro público, de deixar de andar de ônibus ou de contar dinheiro, obviamente lavando as mãos após estas e outras atividades, pois assim fazia mesmo antes da gripe, sem culpa ou medo exacerbado. Também já fui rotulado de adepto compulsivo do colecionismo, principalmente em se tratando de panelas de ferro e móveis antigos. Diga-se, de passagem, que minhas panelas não viram meras peças de decoração não, são para uso mesmo, afinal, um feijãozinho na panela de ferro tem ou não tem seu lugar?
Quanto aos móveis, estou temporariamente impedido, pois nada mais cabe em minha casa.
Todos nós carregamos nossos rituais, nossas repetições, evitações. Tudo depende do grau destas e se elas interferem ou não em nossas vidas de maneira negativa.
Lavar as mãos antes das refeições é educação e sanitariamente correto e necessário. Toda criança, se não sabe, deveria ser ensinada a saber. Agora, lavar as mãos após cada garfada já fica complicado.
TOC nunca foi tão normal. Desde as lavações repetidas de mãos e topar com irresistíveis garrafas de álcool gel estrategicamente distribuídas por todos os cantos e recantos da cidade, não somos notados. Ninguém mais nos observa. Os olhares com as sobrancelhas e risinhos disfarçados andam sumidos. E quer saber, estou começando a achar tudo isso uma chatura, uma mesmice. Já estou querendo minha esquisitice de volta. Resta-nos um consolo, em épocas de pandemias passamos a ser exemplo de conduta, mão de obra qualificada e disputadíssima. Façamos de nosso TOC uma arte. Vamos vender bem nosso peixe.
Tem TOC? Se te incomoda muito a ponto de atrapalhar sua vida, não vale a pena o sofrimento, não tenha vergonha ou medo do que vão pensar ou dizer. Procure ajuda médica. A terapia cognitivo-comportamental (TCC), segundo os especialistas, traz resultados fantásticos. Todos têm o direito à felicidade, do bem sentir. A vida é muito curta para sofrimentos evitáveis.
Mas se, como eu, você prefere levar sua idiossincrasia numa boa e bom humor, se exponha, afinal você e eu é que tínhamos razão. Com a gripe ou sem ela, de agora em diante, estamos brilhantemente na moda. Às nossas manias, um toque de arte.
Publicado em
Jornal Correio - Ponto de Vista (aqui em pdf)
quinta-feira, setembro 24
Hipocrisia
Censuraram a vovó do comercial de TV
"Foi retirado do ar o comercial de uma marca de sandálias em que uma senhora sugere que a neta faça sexo com Cauã Reymond. A “censura” aconteceu depois de várias reclamações de telespectadores e da abertura de um processo no Conar, conselho que regulamenta a publicidade, contra a propaganda. Uma surpresa para Lúcia Berta, de 84 anos, que ficou famosa com o comercial. “As pessoas estão desatualizadas. Sexo está na boca de todo mundo, como bala na boca de criança”, diz a atriz.
Lúcia gravou outra propaganda, já no ar, explicando que o anúncio pode ser visto agora só na internet: “O slogan da marca é 'Todo mundo usa'. A propaganda tem que atingir a todos. Muita gente elogiou, mas como teve gente que não gostou, retiramos do ar”, diz Marcello Serpa, diretor geral de criação da AlmapBBDO."
Pescado em Extra Online
"Foi retirado do ar o comercial de uma marca de sandálias em que uma senhora sugere que a neta faça sexo com Cauã Reymond. A “censura” aconteceu depois de várias reclamações de telespectadores e da abertura de um processo no Conar, conselho que regulamenta a publicidade, contra a propaganda. Uma surpresa para Lúcia Berta, de 84 anos, que ficou famosa com o comercial. “As pessoas estão desatualizadas. Sexo está na boca de todo mundo, como bala na boca de criança”, diz a atriz.
Lúcia gravou outra propaganda, já no ar, explicando que o anúncio pode ser visto agora só na internet: “O slogan da marca é 'Todo mundo usa'. A propaganda tem que atingir a todos. Muita gente elogiou, mas como teve gente que não gostou, retiramos do ar”, diz Marcello Serpa, diretor geral de criação da AlmapBBDO."
Pescado em Extra Online
Arca da morte
quarta-feira, setembro 23
Brasil sustentável
Recebi de Luzia
Um estudo recente conduzido pela Universidade Federal de São Paulo (UniFeSP) mostrou que cada brasileiro caminha em média 1.440 km ao ano.
Outro estudo feito pela Associação Médica Brasileira (AMB) mostrou que o brasileiro consome, em média, 86 litros de cerveja ao ano.
A conclusão é animadora: o brasileiro faz 16,7 km por litro.
terça-feira, setembro 22
Café da manhã
Primeira ação do nosso dia hoje bem cedinho. Promover soltura de jibóia em local seguro para ela, longe dos olhares humanos. Ela foi recolhida por nosso laboratório de Animais Peçonhentos SMS no perímetro urbano.
Os bichos estão acuados, é nossa obrigação cuidar das gentes e deles também. O planeta pertence a todos.
Nosso trabalho é extremamente gratificante. Indescritível sensação de contribuir para algo muito maior. Me faz sentir parte do mundo, realizado e feliz em poder dar minha pequena contribuição à vida
Fotos de Bruno Fonseca Ribeiro - Agente de Controle de Zoonoses de nosso Laboratório de Animais Peçonhentos da Secretaria Municipal de Saúde
Clique nas fotos para ampliá-las e observar detalhes
Os bichos estão acuados, é nossa obrigação cuidar das gentes e deles também. O planeta pertence a todos.
Nosso trabalho é extremamente gratificante. Indescritível sensação de contribuir para algo muito maior. Me faz sentir parte do mundo, realizado e feliz em poder dar minha pequena contribuição à vida
Fotos de Bruno Fonseca Ribeiro - Agente de Controle de Zoonoses de nosso Laboratório de Animais Peçonhentos da Secretaria Municipal de Saúde
Clique nas fotos para ampliá-las e observar detalhes
sexta-feira, setembro 18
quinta-feira, setembro 17
quarta-feira, setembro 16
terça-feira, setembro 15
segunda-feira, setembro 14
Paella
sábado, setembro 12
Pintassilgo
Minha amiga Ly enviou geral. Egoista que fui tomei como presente pessoal.
Emoção pura. Pintassilgo, passarinho de minha infância.
Trouxe ametistas lembranças. Ouço o canto em meio aos meus ventos mineiros.
Agradeço feliz o regalo.
Mais de Ly, aqui
Emoção pura. Pintassilgo, passarinho de minha infância.
Trouxe ametistas lembranças. Ouço o canto em meio aos meus ventos mineiros.
Agradeço feliz o regalo.
Mais de Ly, aqui
sexta-feira, setembro 11
Casa azul
quinta-feira, setembro 10
Choco
quarta-feira, setembro 9
Prof. Kerr
Dr. Kerr completa 87 anos e recebe homenagem
Livro com artigos do cientista da UFU será lançado
Jornal Correio de Uberlândia
Foto web
O cientista e pesquisador Warwick Estevam Kerr, da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), completa 87 anos hoje (9), e recebe homenagem em coquetel que será realizado no campus Umuarama. A iniciativa é da Universidade de São Paulo (USP) de Ribeirão Preto.
Durante o evento será lançado um livro, com artigos de autoria do Dr. Kerr, sobre pesquisas com abelhas. Professores das Faculdades de Medicina e Filosofia, Ciências e Letras da USP estarão presentes.
09/09/09
Dia cabalístico. Não apenas dia do Médico Veterinário mas também 09/09/09 é o Dia Mundial dos Beatles. Não poderíamos pedir por companhia melhor.
Caçamba
Texto nosso publicado no Ponto de Vista do Jornal Correio, com pequeno engano de assinatura sob título, corrigido no final. O nome (Divino Moura) que lá aparece não é ainda um de meus heterónimos
Falha casual do jornal sem maoires problemas
Texto no jornal AQUI
Resolvemos, antes da chegada das chuvas, fazer pequena reforma em casa. Nada de mais, coisa pequena mesmo. Mas como toda reforma grande ou pequena a nossa também careceu de aluguel de caçamba de entulho, aliás, ótima invenção, deixa tudo mais limpo e arrumado facilitando a vida. A solicitada chegou em meio ao fim de semana prolongado, aniversário de nossa cidade. Boa coisa, menos uma preocupação ou aborrecimento. Ledo engano.
No amanhecer de domingo, no sair de casa bem cedinho para ver belo e ensolarado dia, não é que topo com sacos de lixo doméstico atirados na caçamba! Não deu nem tempo, foi o coletor de entulho chegar e o lixo chover. Para a maioria das pessoas nada demais, para mim foi uma afronta ao convívio, à educação. Uma cidade comemorando 121 anos e ainda tem gente praticando atos medievos. O hábito de não se sentir dono das sobras que se produz é deprimente.
Alguns não medem esforços nem consequências para se livrarem de seus monturos. O terreno mais próximo, a caçamba solitária, muda e de bocarra aberta, ou a rua mesmo se transformam, num estalar de dedos, em depósitos particulares de lixo. Nem livre, nem particular. Pois a “volta do cipó de aroeira, no lombo de quem mandou dar” é rápida, em forma de pragas apocalípticas e miasmas, atingindo toda uma vizinhança. Ratos, baratas, escorpiões. Doenças e tristeza são, quase sempre, o efeito colateral de tanta falta de educação e respeito ao próximo. E o poder público se matando para manter nossa cidade limpa, bela e digna de sua mais de centenária existência.
Mesmo depois de detonar ares e lugares, o lixo na caçamba será carreado para uma central de entulho. Uma vez lá, passará a fazer parte de um ecossistema, oculto aos nossos olhos, mas extremamente perigoso. Locais propícios para abrigo de pragas, nas centrais, estas passam a contar com o que faltava para seu alegre e Malthusiano crescimento: Comida! Aquele aparentemente inofensivo saquinho de lixo recheado de cascas, contas pagas, cartas de amor rasgadas, restos de refeições, fecha ciclo de vida para muitas criaturas que logo vão se refestelar de outras sobras e em troca espalhar doença, sofrimento, morte.
Fico a ruminar pensamento: se nem do próprio lixo alguns se dão ao luxo de cuidar, como será a postura cidadã tão importante e solicitada diante de algo, se não maior, pelo menos mais urgente e cujos maléficos resultados aparecem mais rapidamente, como a pandêmica gripe A que estamos enfrentando? Qual a contribuição coletiva de alguém que joga suas sobras “ao léu da ventania”? A Dante e seu Inferno! Nenhuma presumo. Mas falar que o poder público não está agindo com o devido rigor, que acha um absurdo cancelar shows e outros eventos, assim como recriminar o fechamento dos portões em jogo de futebol, torna-se hábito de gente assim.
Esporte preferido: falar mal de tudo e todos, quando não, reclamar da vida. Intriga-me saber que tipo de exemplo uma pessoa que não cuida de seu lixo dá a seus filhos. Será que também sugere propina em blitz de trânsito? Ateia fogo em terreno baldio, fuma em locais proibidos, fala ao celular em cinemas e teatros?
E mais: burla regras básicas de convivência, despreza a lei? E se for ”autoridade” se vangloria de carteirada dada? Desdenha o honesto, o justo? Muito provável. Curioso e assustador. Quanta coisa da alma humana pode-se aprender com um simples saco de lixo, ou com destino a ele dado.
setembro 2009
Falha casual do jornal sem maoires problemas
Texto no jornal AQUI
Resolvemos, antes da chegada das chuvas, fazer pequena reforma em casa. Nada de mais, coisa pequena mesmo. Mas como toda reforma grande ou pequena a nossa também careceu de aluguel de caçamba de entulho, aliás, ótima invenção, deixa tudo mais limpo e arrumado facilitando a vida. A solicitada chegou em meio ao fim de semana prolongado, aniversário de nossa cidade. Boa coisa, menos uma preocupação ou aborrecimento. Ledo engano.
No amanhecer de domingo, no sair de casa bem cedinho para ver belo e ensolarado dia, não é que topo com sacos de lixo doméstico atirados na caçamba! Não deu nem tempo, foi o coletor de entulho chegar e o lixo chover. Para a maioria das pessoas nada demais, para mim foi uma afronta ao convívio, à educação. Uma cidade comemorando 121 anos e ainda tem gente praticando atos medievos. O hábito de não se sentir dono das sobras que se produz é deprimente.
Alguns não medem esforços nem consequências para se livrarem de seus monturos. O terreno mais próximo, a caçamba solitária, muda e de bocarra aberta, ou a rua mesmo se transformam, num estalar de dedos, em depósitos particulares de lixo. Nem livre, nem particular. Pois a “volta do cipó de aroeira, no lombo de quem mandou dar” é rápida, em forma de pragas apocalípticas e miasmas, atingindo toda uma vizinhança. Ratos, baratas, escorpiões. Doenças e tristeza são, quase sempre, o efeito colateral de tanta falta de educação e respeito ao próximo. E o poder público se matando para manter nossa cidade limpa, bela e digna de sua mais de centenária existência.
Mesmo depois de detonar ares e lugares, o lixo na caçamba será carreado para uma central de entulho. Uma vez lá, passará a fazer parte de um ecossistema, oculto aos nossos olhos, mas extremamente perigoso. Locais propícios para abrigo de pragas, nas centrais, estas passam a contar com o que faltava para seu alegre e Malthusiano crescimento: Comida! Aquele aparentemente inofensivo saquinho de lixo recheado de cascas, contas pagas, cartas de amor rasgadas, restos de refeições, fecha ciclo de vida para muitas criaturas que logo vão se refestelar de outras sobras e em troca espalhar doença, sofrimento, morte.
Fico a ruminar pensamento: se nem do próprio lixo alguns se dão ao luxo de cuidar, como será a postura cidadã tão importante e solicitada diante de algo, se não maior, pelo menos mais urgente e cujos maléficos resultados aparecem mais rapidamente, como a pandêmica gripe A que estamos enfrentando? Qual a contribuição coletiva de alguém que joga suas sobras “ao léu da ventania”? A Dante e seu Inferno! Nenhuma presumo. Mas falar que o poder público não está agindo com o devido rigor, que acha um absurdo cancelar shows e outros eventos, assim como recriminar o fechamento dos portões em jogo de futebol, torna-se hábito de gente assim.
Esporte preferido: falar mal de tudo e todos, quando não, reclamar da vida. Intriga-me saber que tipo de exemplo uma pessoa que não cuida de seu lixo dá a seus filhos. Será que também sugere propina em blitz de trânsito? Ateia fogo em terreno baldio, fuma em locais proibidos, fala ao celular em cinemas e teatros?
E mais: burla regras básicas de convivência, despreza a lei? E se for ”autoridade” se vangloria de carteirada dada? Desdenha o honesto, o justo? Muito provável. Curioso e assustador. Quanta coisa da alma humana pode-se aprender com um simples saco de lixo, ou com destino a ele dado.
setembro 2009
terça-feira, setembro 8
sábado, setembro 5
Autobiografia
Autobiografia não autorizada
William Henrique Stutz é mineiro de Belo Horizonte desde 1954. Formado em Medicina Veterinária pela Universidade Federal de Uberlândia é especialista em saúde coletiva. Sentou praça em Uberlândia onde reside há mais de 40 anos depois de passar por dezenas de outros cantos e grotões que nem constam em mapas.
É pai de dois filhos: Mariana e João Lucas. Escreveu seu primeiro conto ainda moleque mas ainda não conseguiu explicar porque os peixes dormem de olhos abertos.
Autor de vários contos, crônicas e poemas, publica regularmente seus trabalhos em revistas, jornais e sites literários.
Tem livros publicados na Biblioteca virtual do Ministério da Educação em formato eletrônico. Tem trabalhos premiados mas não gosta de vangloriar-se e muito menos de falar na terceira pessoa do singular.
É e sempre será aprendiz de escritor e poeta. Cozinheiro experimental, criador de sacis e histórias. Alguns o chamam de Panglós numa alusão tutor de Cândido ou o otimista de Voltaire. Nem tanto, nem tando, murmura sempre ao ouvir o apelido muitas vezes recitado com sarcasmo.
Adora botas, botinas e batas. Ah, cerveja e churrasco também.
Apesar de tudo e de todos acredita piamente que o mundo pode vir a ser verdadeiramente Justo e Perfeito. É torcedor fervoroso do Atlético Mineiro, o Galo das Alterosas, o quê reforça seu otimismo, mas por isso nós o desculpamos.
quinta-feira, setembro 3
Então
Publico fotos pois faltam palavras livres. Ocupar espaço apenas quero não.
Os dias andam menores? Física quântica explica.
Logo, como corredor em multidão acerto o passo.
Ajustei ponteiros, falta o relógio
Os dias andam menores? Física quântica explica.
Logo, como corredor em multidão acerto o passo.
Ajustei ponteiros, falta o relógio
quarta-feira, setembro 2
terça-feira, setembro 1
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