... no mercado...
"Se for falar mal de mim me chame, sei coisas horríveis a meu respeito" (Clarice Lispector)
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Poemando
terça-feira, dezembro 22
Abelhas de dezembro
segunda-feira, dezembro 21
2010
Que 2010 seja um marco na vida de cada um de nós
Quer nos tornemos pessoas melhores, mais sensatas, humildes, mais humanas
Mais prósperas, mais belas, felizes
sejamos pois regidos de positivas e construtivas ganas
Que 2010 seja um ponto de partida
Que possamos sorrir mais, fazer mais
Viver em plenitude a vida
Um marco de avanço/coragem desmedida
Que 2010 se torne ano de colheita farta e pura
Não apenas de metais, jóias e fortuna
mas de muita bondade, tolerância, amizade,
E junto, muita beleza, saúde e ternura
dezembro 2009
quinta-feira, dezembro 17
Cogumelos
quarta-feira, dezembro 16
O sertão
" O sertão é do tamanho do mundo"
Todo-o-mundo é louco. O senhor, eu, nós, as pessoas todas. por isso é que se carece principalmente de religião: para se desendoidecer, desdoidar. Reza é que sara da loucura. No geral. Isso é que é salvação-da-alma... Muita religião, seu moço! Eu cá, não perco ocasião de religiaão. aproveito de todas. Bebo água de todo rio... Uma só, pra mim é pouca, talvez não me chegue. (...) Tudo me quieta, me suspende, qualquer sombrinha me refresca. Mas é só muito provisório. Eu queria rezar - o tempo todo.
Olhe: tem uma preta, Maria Leôncia, longe daqui não mora, as rezas dela afamam muita virtude de poder. Pois a ela pago, todo mês - encomenda de rezar por mim um terço, todo santo dia e, nos domingos um rosário. Vale, se vale. (...) E estou, já mandei recado para uma outra, do Vau-Vau, uma Izina Calanga, para vir aqui, ouvi de que reza também com grandes meremerências, vou efetuar com ela trato igual. Quero punhado dessas me defendendo em Deus, reunidas de mim em volta...
Viver é muito perigoso... querer o bem com demais força, de incerto jeito, pode já estar sendo se querer o mal, por principiar. (Riobaldo em Grande Sertão)
Todo-o-mundo é louco. O senhor, eu, nós, as pessoas todas. por isso é que se carece principalmente de religião: para se desendoidecer, desdoidar. Reza é que sara da loucura. No geral. Isso é que é salvação-da-alma... Muita religião, seu moço! Eu cá, não perco ocasião de religiaão. aproveito de todas. Bebo água de todo rio... Uma só, pra mim é pouca, talvez não me chegue. (...) Tudo me quieta, me suspende, qualquer sombrinha me refresca. Mas é só muito provisório. Eu queria rezar - o tempo todo.
Olhe: tem uma preta, Maria Leôncia, longe daqui não mora, as rezas dela afamam muita virtude de poder. Pois a ela pago, todo mês - encomenda de rezar por mim um terço, todo santo dia e, nos domingos um rosário. Vale, se vale. (...) E estou, já mandei recado para uma outra, do Vau-Vau, uma Izina Calanga, para vir aqui, ouvi de que reza também com grandes meremerências, vou efetuar com ela trato igual. Quero punhado dessas me defendendo em Deus, reunidas de mim em volta...
Viver é muito perigoso... querer o bem com demais força, de incerto jeito, pode já estar sendo se querer o mal, por principiar. (Riobaldo em Grande Sertão)
domingo, dezembro 13
sexta-feira, dezembro 11
Parágrafo terceiro
Chegamos pois para as festas e não havia como prever se iriam ou não refazer nosso contrato de professor lá em Iturama, São Sebastião era distrito deles. Hoje pertence a Carneirinhos, todas as estradas estão asfaltadas, tem ponte ligando a Paranaíba. A balsa aposentou. Não pesco um tucunaré por lá há anos.
O governo municipal tinha acabado de mudar. Não tínhamos a menor ideia de quem era o prefeito vencedor. Era o quanto estávamos distantes de Uberlândia. Revistas e jornais só líamos as que o Gomes da Livraria Pró Século nos enviava por ônibus. Revistas sem capa pois delas necessitava para devolver à editora.
Os Jornais em média vinham com duas a três semanas de atraso. Devorávamos tudo com uma fome de informação insaciável.
O secretário de saúde empossado à época já me era conhecido em razão de um parentesco (dele) com antigo namorico adolescente (meu) de Belo Horizonte de onde vim para aqui Medicina Veterinária estudar na então UnU poucos meses federalizou e virou UFU.
Aquele, "gentilmente" me "convidou" a aqui ficar e contribuir na implantação e estruturação da nova Secretaria de Saúde.
Paira uma dúvida envolta em neblina de memória seletiva, não sei mais se convidado fui ou se na busca por sobrevivência e volta a terra, pedi trabalho. Só sei que de um modo ou de outro paguei com juros e correção o favor.
Trabalhamos como escravos e ainda tinha um que dar amém no fim do dia/noite como se favor fosse.
Maravilha, juventude, pobre de mim, pobre de nós - né Venturi e Marcinho!?
Rede de coleta
Vi esta rede no grupo "Murciélagos de Colombia" no Facebook achei interessante. Alguém tem experiência com este tipo de equipamento?
Clique nas fotos para ampliá-las
Photos Added by Diego Fernando Casallas [1 e 2]
and Miguel Eduardo Rodríguez-Posada [photo 3]
para o grupo "Murciélagos de Colombia" no Facebook
Clique nas fotos para ampliá-las
Photos Added by Diego Fernando Casallas [1 e 2]
and Miguel Eduardo Rodríguez-Posada [photo 3]
para o grupo "Murciélagos de Colombia" no Facebook
quinta-feira, dezembro 10
Bicho novo na praça
Nova espécie de morcego encontrada aqui em Uberlândia.
Eumops maurus!
Depois de trabalhar na lupa e nas chaves de classificação por horas, mérito aqui do Edilson (Geninho)e depois pelo paper [veja aqui]e informações que gentilmente recebemos de Maricélio de Medeiros Guimarães, as informações de Roberto Leonan Morim Novaes, as dicas de Susi Pacheco o retorno de Wilson Uieda e de vários outros especialistas concluímos que sim.
O morcego vai ficar depositado em nossa coleção e já estamos escrevendo a nota prévia desta primeira constatação em Minas Gerais.
Fotos: William H Stutz
Eumops maurus!
Depois de trabalhar na lupa e nas chaves de classificação por horas, mérito aqui do Edilson (Geninho)e depois pelo paper [veja aqui]e informações que gentilmente recebemos de Maricélio de Medeiros Guimarães, as informações de Roberto Leonan Morim Novaes, as dicas de Susi Pacheco o retorno de Wilson Uieda e de vários outros especialistas concluímos que sim.
O morcego vai ficar depositado em nossa coleção e já estamos escrevendo a nota prévia desta primeira constatação em Minas Gerais.
Fotos: William H Stutz
A história
Parágrafo segundo
Voltamos para Uberlândia de lugar que na época era considerado o fim do mundo para a maioria das pessoas. Viemos a princípio apenas para as festas de fim de ano.
São Sebastião do Pontal, nosso pequeno paraíso fincado quase na divisa com o Mato Grosso tinha ficado para trás envolto em nuvem de poeira e mais adiante depois de grossa porém breve chuva já perto de Monte Alto, hoje Alexandrita, brotavam do nada intransponíveis atoleiros de terra massapé. Mas esta é outra prosa que já comecei a contar em outro trecho.
Psicóloga e Veterinário. Éramos lá professores de pequena escola rural e pronto. Se hoje falamos em crise, é por que poucos se lembram daquele ano, do ano anterior e dos que ainda estavam por vir.
quarta-feira, dezembro 9
Lei municipal
O melhor dos mundos
Memories
Vamos ver no que dá. Boa sorte e coragem para mim. Pois se vai agradar a alguns, outros vão ficar P da vida. Conto história acontecida, não invento nada, “duela a quien duela”. Mas calma, não é uma ameaça, é uma promessa
Parágrafo primeiro:
"... as coisas não podem ser de outro modo: pois, como tudo foi criado para uma finalidade, tudo está necessariamente destinado à melhor finalidade.”Comecei a escrever minha autobiografia não autorizada, vertente profissional, saúde pública. Começa em lá, num remoto início dos 80. Narrativa na primeira pessoa.
Cândido ou o otimista
Voltaire
Vamos ver no que dá. Boa sorte e coragem para mim. Pois se vai agradar a alguns, outros vão ficar P da vida. Conto história acontecida, não invento nada, “duela a quien duela”. Mas calma, não é uma ameaça, é uma promessa
Parágrafo primeiro:
Não muito longe de completar 30 anos de atuação como servidor público, me sinto impulsionado a escrever este relato. Não espero que o mesmo jamais seja publicado em jornal local ou ao menos lido por alguns motivos básicos. Em primeiro lugar: a quem interessaria a saga de um servidor municipal? Em segundo, é certo que ao final dessa historia o texto terá indubitavelmente mais 3400 caracteres com espaço, portanto inadequado para o espaço que gentilmente o Jornal reserva aos leitores.
terça-feira, dezembro 8
São Tomé
Depois do milagre da ressurreição da torta de camarão em certo hiper mercado, resolvi ficar mais atento. Nada pelo visto é o que parece ser, pelo menos para os lados do consumidor.
Me veio então uma idéia no mínimo dantesca, que à primeira vista me pareceu inefável: resolvi medir rolo de papel higiênico. Será que aqueles alvos e macios rolos teriam mesmo os tantos metros indicados na embalagem? É que nós, simples mortais, dados à consumição, andamos tão enganados que fica difícil acreditar no "vale o que está escrito". Na zôo contravenção do barão de Drummond afirmam que sim, sei lá eu.
A idéia, a principio maluca, carecia de bases científicas e testemunhais para ter valor real. Pensei em filmar o experimento e depois colocar no Youtube, junto com o gato comendo carne no açougue. Desisti. Como na internet quase tudo também não é o que é, assim como as pessoas não são o que ou quem dizem ser, logo alguém no meio da multidão virtual dará um grito: — Mais uma pulha! Um fake, farsa total!
Pensei então em criar uma comissão de alto nível. Uma banca especializada. Mas onde encontrar doutores, PhDs em medir ph? Como os experts, além de raros, são de difícil lida, fiquei imaginando o longo e inútil debate acadêmico que estaria fomentando. Questões do tipo se o picotado do papel deveria entrar na medição ou se deveria ser descontado paquimetricamente (de paquímetro e não paquiderme),do resultado final.
Como quase tudo no mundo dos muito especializados, da academia, exceções à parte é óbvio, a discussão duraria uma eternidade, demandaria pesquisa pura e altos financiamentos em projetos, bolsas e simpósios, e cá para nós, no fim, jamais se chegaria a uma conclusão e ainda ficariam criadas duas escolas, duas linhas de pensamento filosófico contemporâneo, em medir o quê? Papel higiênico. Achei melhor não envolver os gênios em minhas pendências existenciais.
Então, em surto de lucidez, me dei conta de que já contamos com órgãos e instituições próprias para isso. Criadas para nos proteger, defender a população e seu bolso contra o descaso e desrespeito. Foquei na instituição maior, aquela federal.
Mas só de pensar na papelada que teria de preencher, nas justificativas que teria que apresentar, me deu tristeza, larguei para lá. Pensei no Procon. Mas também mudei de idéia. Pelo que acompanho, sei bem da competência daquele órgão. Sei que fazem das tripas coração com o pequeno número de agentes de seu quadro, portanto seria uma falta de consideração da minha parte solicitar ao respeitado e atuante órgão destacar um servidor para auditar medição de papel higiênico. Não seria justo nem de bom alvitre.
Me veio à baila história do moço cujo carro furou o pneu em estrada da roça e que estava sem macaco. Resolveu andar até fazenda próxima para pedir emprestado. Com pouco dinheiro no bolso, durante o percurso sofismava. Se pos a imaginar quanto o dono da fazenda iria lhe cobrar pelo uso do equipamento. À medida que se aproximava, a quantia imaginária subiu tanto, mas tanto que, depois de bater à porta, já descarregou sua raiva em atônico e sonolento senhor que mal havia destravado a tramela: — Sabe o que você faz com esse seu macaco!?
Andamos ficando com raiva antes da hora.
Querem saber, mudei de idéia, vou mesmo é contar palito de fósforos e de dentes.Quero ter absoluta certeza de que as caixinhas contém o que prometem. Pago para ver.
Me veio então uma idéia no mínimo dantesca, que à primeira vista me pareceu inefável: resolvi medir rolo de papel higiênico. Será que aqueles alvos e macios rolos teriam mesmo os tantos metros indicados na embalagem? É que nós, simples mortais, dados à consumição, andamos tão enganados que fica difícil acreditar no "vale o que está escrito". Na zôo contravenção do barão de Drummond afirmam que sim, sei lá eu.
A idéia, a principio maluca, carecia de bases científicas e testemunhais para ter valor real. Pensei em filmar o experimento e depois colocar no Youtube, junto com o gato comendo carne no açougue. Desisti. Como na internet quase tudo também não é o que é, assim como as pessoas não são o que ou quem dizem ser, logo alguém no meio da multidão virtual dará um grito: — Mais uma pulha! Um fake, farsa total!
Pensei então em criar uma comissão de alto nível. Uma banca especializada. Mas onde encontrar doutores, PhDs em medir ph? Como os experts, além de raros, são de difícil lida, fiquei imaginando o longo e inútil debate acadêmico que estaria fomentando. Questões do tipo se o picotado do papel deveria entrar na medição ou se deveria ser descontado paquimetricamente (de paquímetro e não paquiderme),do resultado final.
Como quase tudo no mundo dos muito especializados, da academia, exceções à parte é óbvio, a discussão duraria uma eternidade, demandaria pesquisa pura e altos financiamentos em projetos, bolsas e simpósios, e cá para nós, no fim, jamais se chegaria a uma conclusão e ainda ficariam criadas duas escolas, duas linhas de pensamento filosófico contemporâneo, em medir o quê? Papel higiênico. Achei melhor não envolver os gênios em minhas pendências existenciais.
Então, em surto de lucidez, me dei conta de que já contamos com órgãos e instituições próprias para isso. Criadas para nos proteger, defender a população e seu bolso contra o descaso e desrespeito. Foquei na instituição maior, aquela federal.
Mas só de pensar na papelada que teria de preencher, nas justificativas que teria que apresentar, me deu tristeza, larguei para lá. Pensei no Procon. Mas também mudei de idéia. Pelo que acompanho, sei bem da competência daquele órgão. Sei que fazem das tripas coração com o pequeno número de agentes de seu quadro, portanto seria uma falta de consideração da minha parte solicitar ao respeitado e atuante órgão destacar um servidor para auditar medição de papel higiênico. Não seria justo nem de bom alvitre.
Me veio à baila história do moço cujo carro furou o pneu em estrada da roça e que estava sem macaco. Resolveu andar até fazenda próxima para pedir emprestado. Com pouco dinheiro no bolso, durante o percurso sofismava. Se pos a imaginar quanto o dono da fazenda iria lhe cobrar pelo uso do equipamento. À medida que se aproximava, a quantia imaginária subiu tanto, mas tanto que, depois de bater à porta, já descarregou sua raiva em atônico e sonolento senhor que mal havia destravado a tramela: — Sabe o que você faz com esse seu macaco!?
Andamos ficando com raiva antes da hora.
Querem saber, mudei de idéia, vou mesmo é contar palito de fósforos e de dentes.Quero ter absoluta certeza de que as caixinhas contém o que prometem. Pago para ver.
segunda-feira, dezembro 7
terça-feira, dezembro 1
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