quarta-feira, novembro 29

Voar


William h. Stutz

Em vôo cego me pego
rasante ao vento sobre águas
apaixonantemente cálidas

Em vôo cego me pego
perdido
Pouso forçado magoado
Sofrido

Em vôo me pego cego sem razão
Não vejo luz só breu
Escuridão.

Em vôo me pego, decepcionantemente
Cego.

Novembro/2006

Um comentário:

Lilly Falcão disse...

Ai que poema tão tristim, Uiuzim...
Açum Preto teve sina igual...por isso, avoante, vou te levar pra ver, no fim dessa noite, o clarão do arrebol...
Um xêro, Uiu!:)