segunda-feira, julho 2

Reforma - Sétimo dia


Sétimo dia... Sétimo dia, ufa! Custou mas passou, todo um trabalho de limpeza soterrado sob toneladas de pó, parece que boiada em estouro cruzou a sala. Nem berranteiro parava, nem peão de quatro costados.
Faz mal não, o domingo foi especial, valeu o trabalho. A porta principal já está no lugar. Avante. Ainda tem prá lá de um queijo e uma rapadura de coisas para acontecer.

Berranteiro
Tonico e Tinoco

Ai, vamo boiada, vamo, o berranteiro chamando.
É longa nossa jornada, meu baio já tá cansando.
Vamo pelo ataio, o patrão já tá esperando.

Quando chega na pousada, boiada fica pastando.
Peão dorme no sereno e passa a noite sonhando.
Berranteiro junta o gado e o dia vem clareando.

A boiada quando estora nunca respeita o ponteiro.
Pelo toque do berrante se conhece o berranteiro.
Quem vende gado fiado sempre quebra o boiadeiro.

Vejo a estrada boiadeira no campo da minha infância.
Cada passo é uma saudade, cada viage é uma lembrança.

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