terça-feira, dezembro 18

Cachoeiras

Algumas partes do cerrado, e aqui quase planalto, assustam e trazem surpresas.
De uma paisagem onde o horizonte é o céu, onde o maior morrote pode ser um cumpinzeiro perdido no pasto ou na mata retorcida, ou ainda lombo de tatu-canastra em eterno correr afobado, surgem locais mágicos.

Ao longe percebe-se estranha névoa a subir como se brotasse do chão. Perto chegando ouve-se baixo murmúrio que aos poucos de transforma em elevada e delicada música, até se transforma em rugido forte e ensurdecedor.
Uma grota do nada aos seus pés se abre, cachoeira de gigantesca queda surge como miragem.

Ao chegar ao fundo, poço imenso se forma ladeado de exótica vegetação, pouco comum por essas bandas, a força da água massageia a alma e o calor escaldante fico longe, lá no alto. Um mergulho na essência da natureza. Um retorno.














Fotos: Projeto Quedas do Triângulo

Um comentário:

Vera Vilela disse...

Amigo Will
Que bela combinação, sua prosa poética e as imagens tão lindas.
É uma delícia de se ler.
Beijos