Do alto da montanha, do alpendre, observo vida.
Janela de folha insiste em me puxar para perto.
Suas finas vidraças desgastadas de tanto vento bater
vagaroso e constante liberar, areia alma. Eterno desconstruir.
Quisera poder rever tudo o que ali um dia refletiu.
Um olhar para dentro. Doce/amargo das lembranças que ora afagam, ora sufocam em garrote vil aperto.
Por vezes embaçadas/turvas, outras nítidas em susto excesso se mostram.
Leve vento a soprar.
Sempre visões.
Brisa/pé-de-vento a orvalhar olhos e sufocar garganta.
Antevejo. Pele/vidro escamando vai-se lenta, ininterrupta vidro/janela, aguarda por pedra/emoção para em estilhaços retornar à terra.
William H Stutz
maio 2009
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