segunda-feira, agosto 30

Contabilidade


palavras

em demasia

quase anulam

a fantasia...




Clarice Villac

27.08.2010
Mais de Clara Clarice em seu Ponto de Luz

sexta-feira, agosto 27

Vende-se

Abandonada no canteiro bem em frente ao meu laboratório, sacana foi lá e colou placa de "Vende-se". Ficou por vários dias.
Quem será que comprou?


quarta-feira, agosto 25

Bom dia


Amanhece em frio curto. Em breve o calor e a secura torna a reinar como de costume.
Abro a janela para sentir no peito nú a carinhosa brisa fria, vento do nascer do dia.

Em bocarra de bocejo, sou cumprimentado por imensa betoneira a esperar serviço. Fome sem fim de brita, areia, cal e cimento.

Arrumação de casa parece não ter fim. Como insistentes Joões-de-Barro aproveitamos a seca para coisinha ou outra. Cansa mas compensa.

terça-feira, agosto 24

Garimpo

Pequenas jóias de nosso viver. Basta saber e querer olhar. O cotidiano é rico em novos e admiráveis sustos e visões. Nós fazemos a beleza, e isto basta.

Piado inocente denunciou. Ninho de Corruíra escondidinho, mimetizado em galho de pau, rama seca, folha morta.
Da outra vez, nossa Laica achou e comeu. Agora que ela se foi, sobrevivência dos pequenos garantida. Também, mais espertos, casal fez ninho mais alto, atrás de espinhenta moita.

O cuidado agora é com gambas, gaviões, cobra, tucanos... Enquanto der, vigio. Depois, só podem contar com a sorte. Anjos deviam ensinar os pequenos a ficar em silêncio. Vulneráveis miúdos.
Pois é João, viver é muito perigoso...

Clica nas fotos, elas crescem (os ninhos são meus, a Corruíra achei aqui, a hora que fotografar a nossa troco)





Mímulus Cia de Dança





Clique na imagem para ampliar


O Presidente do Sistema Fecomércio Minas, SESC e SENAC, Lázaro Luiz Gonzaga convida a toda comunidade de Uberlândia para a apresentação do espetáculo "Por um Fio" da Mímulus Cia de Dança de Belo Horizonte.

Local: Teatro Rondon Pacheco
Data: 25/08 - quarta-feira Horário: 20h00
Entrada Franca
Retire seu ingresso antecipadamente na mesma data, a partir das 13h00, na bilheteria do teatro.

segunda-feira, agosto 23

Gentes na roça

Domingo à noite ! Moçada vai descer para a cidade,tem festa. Nós vamos fazer tapioca!

domingo, agosto 22

Carta de uma mãe


... portuguesa - Recebi & repasso. Não resisti!


Lisboa, Portugal, 26 do quatro de 2 mil e quatro.

Querido filho:

Escrevo-te esta linhas para que saibas que a mãe está viva. Vou escrever bem devagar pois sei que não consegues ler depressa.

Caso estejas sem tempo de escrever à mãe, manda uma carta dizendo que quando estiveres mais tranqüilo vais mandar notícias.

Se tu viesses hoje aqui em casa não irias reconhecer mais nada, porque mudamos de casa.
Temos agora uma máquina de lavar roupa. Mas não trabalha muito bem.
Na semana passada pus lá 14 camisas, apertei o botão e nunca mais as
vi. Vai ver que esta marca Hydra não é das melhores...

Tua irmã Maria está grávida. Mas ainda não sabemos se vai ser menino
ou menina. Portanto, não podemos te dizer se vais ser tio ou tia.
Teu pai arranjou um bom emprego. Tem 12.300 homens abaixo dele. É o responsável pelo corte da grama do cemitério.

Quem anda sumido é teu tio Venâncio, que morreu no ano passado. Lembra-te do teu tio Joaquim?
Então, afogou-se no mês passado num depósito de vinho.
Oito compadres dele tentaram salvá-lo, mas o tio lutou bravamente
contra eles. O corpo foi cremado há duas semanas. Levaram oito dias para apagar o incêndio.

Os engarrafadores de refrigerante aqui finalmente tiveram uma grande idéia de colocar uma indicação na tampinha, dizendo "abra por aqui". Facilitou-nos muito a vida. Espero que os daí façam a mesma coisa.

Caso esteja difícil para ti, a mãe te manda algumas garrafas. Teu irmão, João, continua o mesmo de sempre. Semana passada fechou o carro com as chaves dentro.
Perdeu um tempão indo até a casa pegar a cópia da chave, para poder tirar-nos todos de dentro do automóvel. Estava um calor de rachar.

Por falar em calor, o tempo aqui está muito estranho. Esta semana só choveu duas vezes. Na primeira vez choveu durante 3 dias. Na outra vez choveu durante 4 dias.

Esta carta te mando através do Gabriel, que vai amanhã para aí. A propósito, será que podes pegá-lo no aeroporto?

Lembrei de uma coisa importante. Terás um problema para falar com a mãe, caso decidas escrever-me. Não sei o endereço desta casa nova.
A última família que morou aqui, antes de nós, também era portuguesa e levou a placa da rua e o número da casa para não precisar mudar de endereço.

Se encontrares a Teresa, dê-lhe um alô da minha parte. Caso não a encontres, não precisas dizer nada.

Adeus.
Tua mãe que te ama.

Fátima Manoela da Alcova

P.S.: Ia mandar-te 2000 euros, mas fica para outra vez.
Já fechei o envelope.

sexta-feira, agosto 20

Nightmare



Violeta

Escondida , ninguém mais dava nada por ela. De presente a enfeitar mesa de trabalho a perder flores, entre canteiros reencontrou vigor. Violeta mostra beleza infinita, pois como gente, agradece carinho, retribui trato.
Violeta em vigor volta... viva.

Fruto

Pequena gema, retirada de planta mãe 6 anos atrás. Miudinha achou caminho. esperou paciente um agosto para florir.



quarta-feira, agosto 18

♫ ♫ Stand By Me

Stand By Me | Playing For Change



Stand By Me
Playing For Change
Ben E. King


"This song says, uh: No matter who you are, no matter where you go in life, in some point you go need somebody, to stand by you."

Oh yeah, Oh my darling, stand by me
No matter who you are
No matter where you go in life
You go need somebody, to stand by you.

No matter how much money you got
Or the friends you got
You go need somebody, to stand by you.

When the night has come
And the land is dark
And that moon is the only light we'll see
No I won't be afraid
No I won't, shed one tear
Just as long as you people, call and stand by me

Oh darling, darling
Stand by me, oh, stand by me
Oh stand, stand, stand by me,
C'mon Stand by me

When the sky that we look upon
When should tumble and fall
Or the mountains they should crumble to the sea
I won't cry, I won't cry
No I won't shed a tear
Just as long as you stand, stand by me

So darling, darling
Stand by me, Oh, stand by me
Please stand, stand by me,
Stand by me (2x)

So darling, darling
Stand "salanami", Oh stand "salanami"
Oh stand, Oh stand, stand, stand by me,
C'mon stand by me

Stand "salanami", Oh won't you stand "salanami"
Oh stand "salanami", stand by me,
C'mon stand by me

When the night has come
And the land is dark
And the moon is the only light we'll see
I won't be afraid "salanami"
I won't be afraid
Not a long, not a long as you... (yeah)
Stand by me. (yeah yeah)

segunda-feira, agosto 16

Micagem


Jabuticaba temporona em final de carga. Prazer em dividir fartura com passarinho, morcegos e outros bichos já é praxe lá em casa. Desse pé pouco sobrou para nós. Os bichos andam sem recurso, tem que buscar na porta de nossa cozinha. Aqui, serão sempre bem-vindos.

Este filhote chegou quietinho e sozinho.
Magreza de dar dó. O resto do bando chamava por ele de árvores próximas, alguns do alto de sombreado e gigante jambolão do bosque da frente, outros de ipês e oitis e mama-cadela onde moram joões-de-barro. Ele em postura bem humana fingia nem ouvir, egoista? Nada disso, sobrevivência mesmo.

Chegou, olhou, comeu. Se fartou. barriga cheia, virou para partir, não sem antes bem moleque mostrar a língua como a dizer:
Tomou papudo!Vim, vi, comi ... fui!

Tomara eu ver! Vai pulguento, volte sempre, trás a famíla e seja sempre muito bem-vindo.

Clique nas fotos para detalhes da micagem, vale a pena ver o bicho.




sexta-feira, agosto 13

Tempero

Deu no Jornal Correio.


Tempero exótico ou preparo mal feito? E eu que em tempos de estudante, morador de pensão e depois anos em república, me dava por "contente" com pedras de verdade, cascalho fino mesmo que volta e meia eram garimpadas em estalar entre dentes no arroz ou feijão. Sinais dos tempos, sinais...

quinta-feira, agosto 12

(Des) organização

Pintura de Beniamino Parlagreco (1856-1902)


Tentando organizar meus escritos e já tem dias. São tantas cópias de (in) segurança, cada qual com data de diferente que nunca sei qual é o mais atual, e quando acho um tem dois outros.

Já viu galinha tentando cobrir pintinhos beira tarde para dormir? Sempre sobra um ou dois de fora. Assim estou eu, tem texto lutando para encontrar abrigo enquanto outros se perdem para sempre. Ára paciência que se vai minguando
Biblioteca Nacional que se vire com duplicidade, vai assim mesmo.



Crime

Uberlândia 10:45 da manhã de 12 de agosto de 2010, Morada da Colina. Uberlândia está em chamas!

Vendo isso, cresce descrença absoluta na raça humana. Não merecemos a cidade, o planeta que temos. Asco!

Clicando as fotos aumentam, assim como aumenta a angustia de viver perto de gente que assim faz






Fotos: w h stutz

Vento

Grude, taquara e papel de seda
dobro cada canto com atenção budista
Empino agora papagaios em sonhos
Vento solto em memórias turvas
Céu em permanente azul
secura de agosto - sede
Cerol imaginário a cortar ruindades/maldades
teimosas em permanecer vivas
cristais do tempo, insolúveis

Menino meu, menino eu, reage e grita:
Papagaio coroou!
Abraço esta criança a chorar
uma de alegria, outra de dor
Nem tudo são flores
Muito de tudo é vento, é pó
desalento

quarta-feira, agosto 11

Mercado sonoro

Emoção

Clica na foto e delumbre, compartilho esse raro encanto da vida


Sou mais coração do que razão.
Em tudo que faço, pessoal/profissional não sei separar
Coloco paixão na ciência
Não sei apartar
Assim em caos organizado continuo a me emocionar diuturnamente, como se tudo tivesse começado ontem.
Dádiva ou castigo?

sexta-feira, agosto 6

Gestão de Resultados

Recebi de Marília Cunha

Em uma cidade do interior, viviam duas mulheres que tinham o mesmo nome: Flávia.
Uma era freira e a outra, taxista.
Quis o destino, que morressem no mesmo dia.
Quando chegaram ao céu, São Pedro esperava-as.
- O teu nome?
- Flávia
- A freira?
- Não, a taxista.

São Pedro consulta as suas notas e diz:

- Bem, ganhastes o paraíso.
Leva esta túnica com "fios de ouro". Pode entrar.

A seguir...

- O teu nome?
- Flávia
- A freira?
- Sim, eu mesmo.
- Bem, ganhastes o paraíso. Leva esta túnica de "linho". Pode entrar.

A religiosa diz:
- Desculpe, mas deve haver algum engano.
Eu sou Flávia, a freira!

- Sim, minha filha, e ganhastes o paraíso.
Leva esta túnica de linho.

- Não pode ser! Eu conheço a outra, Senhor.
Era taxista, vivia na minha cidade e era um desastre!
Subia as calçadas, batia com o carro todos os dias,
conduzia pessimamente e assustava as pessoas.
Nunca mudou, apesar das multas e repreensões policiais.

E quanto a mim, passei 65 anos pregando todos os domingos na paróquia.
Como é que ela recebe a túnica com fios de ouro e eu esta?

- Não há nenhum engano - diz São Pedro.
- É que, aqui no céu, adotamos uma gestão mais profissional do que a de vocês lá na Terra...

- Não entendo! - disse a Freira.
- Eu explico: Já ouviu falar de GESTÃO DE RESULTADOS?
Agora nos orientamos por objetivos, e observamos que nos
últimos anos, cada vez que tu pregavas, as pessoas dormiam.

E cada vez que ela conduzia o táxi, as pessoas rezavam!

O Resultado é o que importa!!!

Anedotário

O melhor da política é o rico e criativo anedotário, tem gente rápida ...

quinta-feira, agosto 5

Que mundo

Outro dia deu no jornal daqui: "Ladrão de carro acusa vítima de lesão corporal". Ah, meu Jesus Cristo! Mais essa. O dono do carro tentando defender seu patrimônio, adquirido a expensas de muito suor e trabalho, dinheiro economizado, que seguramente foi motivo de sonhos, sendo acuado por puxador de carro ruim de serviço. Para tentar ligar carro com chave de casa tem que ser um tanto quanto desinformado, passou colando na escola do crime.

Fiquei pensando em nosso primeiro carro, um imponente Fusca 69, que recebeu o carinhoso apelido de Zubin Mehta em homenagem ao maestro indiano, pois só dava conserto com "S", mas o sonoro era de batuta.
Imagino se naquela época pegasse um cara tentando levar nosso tesouro de quatro rodas! Era confusão certa! E esse papo de que só iria pegar emprestado, pois estava sem dinheiro para condução, conta outra mano velho.

Imagine um cenário: O casal simples e trabalhador mora longe, mas longe mesmo. O lugar nem linha de ônibus regular têm. Ladrão resolve andar longe para roubar e encontra essa casa perdida no meio do nada. Pensa com seus podres botões que é ali que vai se dar bem. Mas qual não é a surpresa do meliante que nada consegue, pois nada de valor ali se faz presente. O mala fica enfezado com tanta falta de respeito para com uma das profissões mais antigas do mundo, tanto que o Filho Dele, foi crucificado entre dois representantes da classe. Conclusão: Vai ao PROCON reclamar reparação e processa os moradores por danos morais e ainda tem ação movida e acompanhada por seu sindicato. Tem dó.

Quer saber, está tudo atrapalhado, de pernas para o ar. Crimes hediondos dominam a mídia em destaque e volume desproporcionais não ao horror dos atos, mas aos níveis de tolerância humana à barbárie. Canalhas se tornam heróis, gente do bem é achincalhada sem a menor cerimônia ou pudor em programas de televisão que causam asco e pânico.

Palmadinha educativa, sem violência na popa de criança pode não, mas roubar e fazer pode, e é plenamente justificável à luz do julgamento de eleitorado de alguns estados e municípios. Não acho que palmadinha educa, mas isso é assunto para outra prosa.

Fuçar a privacidade seja por meio de escutas não autorizadas ou bisbilhotando as declarações de imposto de renda dos alheios pode. Focar no que realmente é importante e construtivo, isso não pode.

Controlar a miséria, a corrupção, e principalmente a violência verborréica arcaica e démodé, não pode.

Apoiar guerrilha, atazanar a paz continental, fechar emissoras de rádio, censurar jornais “sem querer querendo” rotina em país vizinho, pode.

Pelo andar da carruagem ou das milhares e milhares de novas motos a rodar por nosso imenso Brasil, a inversão de conceitos básicos de valores humanos, está a mudar à velocidade de avanço tecnológico, na toada de troca de celular. Assim, nesse novo e estranho universo o touro vira toureiro, a caça, caçador. O gato persegue o cão. O peixe se mostra travestido de pescador. Ética às favas horas bolas.

Quanto ao ladrão que processa vítima, seguramente não faltarão aqueles que lhe dêm razão. Afinal foi mais um atentado aos direitos humanos de um humano que não agiu direito.

Então está certo, mas vai preso assim mesmo. Como diria um jornalista amigo meu: Que mundo!

terça-feira, agosto 3

Saúde pública

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Aqui está a genial coluna de Ivan Santos

segunda-feira, agosto 2