domingo, dezembro 12

Plágio (Parte 2)




Aqueles que prezam a criatividade como o principal valor artístico esforçam-se para personificar esse valor e abominam todo tipo de plágio; aqueles que enfileiram justificativas para o plágio, tentando atenuar o juízo do público sobre ele, aceitam o caminho mais fácil da cópia supostamente aperfeiçoada e fazem um desserviço à arte. Sérgio Barcellos Ximenes in Roteiro Romanceado - www.roteiroromanceado.com


Gente disposta a roubar obras alheias existe desde que o mundo é mundo.
A internet que tudo dá, também sabe muito bem tirar e já conta com mecanismos para descobrir esses vampiros de ideias. Aqui aponto alguns que poderão ser úteis àqueles que não gostam de ver suas ideias compartilhadas sem autorização e muito menos deslavadamente roubadas por pessoas mal intencionadas e vazias de intelecto e ética.

Começo pelo Copyscape. Este site oferece um programa de busca por meio de endereço do texto original a ser procurado, também oferece banners de aviso. Sabemos que para o plagiador por natureza esses avisos, assim como as licenças disponibilizadas pelo Creative Commons, e nada são a mesma coisa, porém, em caso de ação judicial, elas podem reforçar o processo contra o fraudador.

Outra ferramenta contra plágios é o Doc Cop. Aqui é exigido registro e se você não for fluente em inglês pode ter alguma dificuldade. Aparentemente, a ordem no Doc Cop é complicar. Mas os resultados finais são satisfatórios.
O programa mais amigável e que apresenta ótimos resultados é o Plagium. Esta ferramenta gratuita foi a que se mostrou a mais eficiente. Se você publica na web, não pode deixar de fazer uso dessa incrível caçadora.

Ao se deparar com suas obras copiadas, é importante seguir alguns passos:
Não se esqueça nunca de copiar a página da web onde se encontra o plágio, para tanto, tecle print screen. Aí, use a arma do plagiador no Paint: ctrl c. ctrl v e salve a tela como imagem. Esta é mais uma prova do furto, pois mesmo se o cidadão apagar o site ou blog, você fica com a prova do delito.

Se a opção for por uma ação judicial, aí o assunto é com os advogados especializados em direitos autorais, que podem assumir a causa. Mas o importante é denunciar. Os sites de relacionamento tipo Twitter, Facebook, Orkut, MSN são também ótimos aliados para espalhar o que está acontecendo, conte o fato, repasse os endereços. Muitos de seus contatos certamente vão até o local e outros tantos vão escrever para o plagiador notas de desagravo, na maioria das vezes a vergonha de ser desmascarado faz com que o cidadão tire as cópias do ar, caso isso não aconteça, o caminho é a justiça.

Um artigo imperdível é o “Caçador de Plágios”, publicado online no site da Agência Fapesp, onde grupo liderado pelo professor Harold Gardner, do Centro Médico da Universidade do Sudoeste do Texas, apresenta programa por ele desenvolvido exatamente para auxiliar a reduzir a nefasta prática do plágio que assola as ciências e as artes.
Finalizando, nunca é demais reforçar que plágio é crime previsto em lei. A legislação pode ser encontrada no site da Presidência da República, Casa Civil, Subchefia para Assuntos Jurídicos - lá a Lei dos Direitos Autorais está na íntegra. O site literário Blocos online tem uma seção inteira sobre o assunto. Para localizar os sites citados aqui no texto, basta jogar no Google e boa sorte.





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