"Se for falar mal de mim me chame, sei coisas horríveis a meu respeito" (Clarice Lispector)
quarta-feira, fevereiro 28
Arte na praça
"Besouros Tropicais" no
ARTE NA PRAÇA:
BEATLES ACÚSTICOS
Nas vozes de:
Número 8/ Daniela Alves e Gustavo Solis
Vânia Borges /Cláudio Melazo/Naldo Luís
Raquel Peppe/ Juliana Penna/ Carlos Menezes/Daniela Borela e Luciana Branco
Produção: Juliana Penna e Giordano Pagotti
Apoio: Universidade Federal de Uberlândia
Dia: 04 de Março(domingo)
Hora: 13:00 hrs
Local: Praça Sérgio Pacheco
E logo depois a cantora "MARIA ALCINA" ás 15:00hrs!!!
Show "Jobim em Vários Tons"
quinta-feira, fevereiro 22
Iris BBB e o show de Truman
Não posso me furtar a comentar o tal BBB afinal tem uma uberlandina (termo cunhado pelo saudoso jornalista Luiz Fernando Quirino para designar pessoas que tomam Uberlândia como local de moradia mas são de outras cidades) paulista lá, bobagem? É, com certeza mas é também, infelizmente, o assunto de quase todo mundo aqui na minha Mineira Pasárgada. Aliás tem sido a conversa onde quer que eu vá, aqui, na internet, e nos bares da vida. Que pena...
Saúde, segurança, educação, mundo, amazônia, vida de verdade, estão em segundo plano atualmente. Coitado de quem não assiste àquele lixo. Sem assunto e condenado está ao isolamento e à solidão.
Particularmente acho que crucificar a moça que corre atrás de um sonho do jeito mais brasileiro que existe, fama rápida via televisão, é no mínimo simplista e preconceituoso.
Agora eleva-la a categoria de pessoa mais importante de nossa Uberlândia, de nossa representante maior com direito a título de cidadã honorária e diploma de honra ao mérito como querem "alguns muitos", e ainda afirmar que existe dignidade, honradez e respeito próprio num reality show, fala sério, ai é forte.
Saúde, segurança, educação, mundo, amazônia, vida de verdade, estão em segundo plano atualmente. Coitado de quem não assiste àquele lixo. Sem assunto e condenado está ao isolamento e à solidão.
Particularmente acho que crucificar a moça que corre atrás de um sonho do jeito mais brasileiro que existe, fama rápida via televisão, é no mínimo simplista e preconceituoso.
Agora eleva-la a categoria de pessoa mais importante de nossa Uberlândia, de nossa representante maior com direito a título de cidadã honorária e diploma de honra ao mérito como querem "alguns muitos", e ainda afirmar que existe dignidade, honradez e respeito próprio num reality show, fala sério, ai é forte.
Tudo bem, se ela doar o dinheiro do prêmio para, digamos, a ala infantil de nosso Hospital do Câncer, ai sim, que se inclua às homenagens mencionadas busto em bronze em praça publica, com direito a banda de música, foguetório e muito discurso na inauguração
Estes Big Brothers da vida foram criados exatamente para explorar o lado mais feio, cruel e baixo da espécie humana. Seus integrantes tornam-se verdadeiros ratos de laboratório temporários. Basta ver a confusão do último BBB da Inglaterra onde cenas de racismo e xenofobia explícita foram a tonica do programa, culminando com uma investigação policial, com direito a intervenção do parlamento britânico no caso, e quase com uma crise diplomática com a Índia.
Que a moça vença, pegue seu prêmio, e saiba sacudir a poeira da hipocrisia que está a respirar no laboratório televisivo e siga sua vida feliz e realizada.
E que como Truman Burbank do magistral filme de Peter Weir ela consiga ao final achar a porta de saída para a vida de verdade e, repito principalmente que seja feliz, todos merecem.
william h. stutz
fevereiro 2007
Estes Big Brothers da vida foram criados exatamente para explorar o lado mais feio, cruel e baixo da espécie humana. Seus integrantes tornam-se verdadeiros ratos de laboratório temporários. Basta ver a confusão do último BBB da Inglaterra onde cenas de racismo e xenofobia explícita foram a tonica do programa, culminando com uma investigação policial, com direito a intervenção do parlamento britânico no caso, e quase com uma crise diplomática com a Índia.
Que a moça vença, pegue seu prêmio, e saiba sacudir a poeira da hipocrisia que está a respirar no laboratório televisivo e siga sua vida feliz e realizada.
E que como Truman Burbank do magistral filme de Peter Weir ela consiga ao final achar a porta de saída para a vida de verdade e, repito principalmente que seja feliz, todos merecem.
william h. stutz
fevereiro 2007
quinta-feira, fevereiro 15
Tão Brasil
Saiu de casa cedo, ainda noite. Do alto do morro viam-se as luzes da cidade ainda sonolenta, as filas de faróis de carros já começavam a se formar. Sabia que o trecho era longo e que muito tinha que pedalar até o trabalho.
A marmita enroladinha em pano bordado limpinho estava bem amarrada na garupa de sua bicicleta, capricho.
Nem acordara e já sonhava com a hora do almoço, comidinha feita por sua filha mais velha, 10 anos. A mulher o largara há tempos, fugiu com um pinta brava do jogo do bicho. Fugiu não, saiu e ainda deixou recado: “Fui! As crianças ficam contigo, o problema é seu. Foi bom fazer não foi? Agora cuida, mané!”
Resignou, amava as crianças, sentiu na verdade foi alívio, agora podia ser feliz. Podia agora aos domingos tomar sossegado e em casa uma cervejinha, podia assistir televisão até a hora que desse sono sem ter que ouvir resmungos ou ataques de raiva, ninguém mais chutava o cachorro ou espancava as filhas, sim, com toda certeza era feliz com sua vida.
Começou a descer o morro. O café frio e o pão adormecido ainda não tinham chegado a seu estômago, tal a pressa que saiu de casa.
Sentiu o gosto amargo na garganta como que querendo sair.
De solavanco em solavanco ganhou o asfalto. Pedalava menos pois ligeira descida, imperceptível, o empurrava suavemente para frente. O ar frio tinha agora cheiro de sal.
Ganhou a orla. Na avenida da praia prudentemente tomou a ciclovia, mas bem no cantinho, era tímido, não se sentia tão igual, não queria incomodar aos que faziam suas corridas, caminhadas ou passeios de bicicleta matinais, para manter a forma, a estética. Homens atléticos, moças torneadas, por ele passavam de nariz empinado. Ele era invisível, e nessa condição se sentia seguro.
Fazia de tudo para não ser notado, mas o ranger de ferro com ferro de sua bicicleta o denunciava, e ele, olhos pregados no chão como a pedir licença pelo espaço que estava a ocupar seguia adiante quase suplicante.
Já ia longe, quando do nada surge um imenso vulto branco que com ele se choca violentamente. Acertou-o de lado.
O monstro albino vinha olhando para trás — não o viu, afinal, lembra? Era invisível.
A roda dianteira da bicicleta topou com o pequeno degrau da ciclovia, e em movimento que durou horas, não dias, em câmara lenta é lançada a metros de distância espatifando-se no asfalto sujo. A marmita é atirada ainda mais longe deixando rastro de arroz e feijão, um pequeno ovo cozido rola até se esconder no canto da calçada fazendo companhia a pontas de cigarro e palitos de picolé.
Ele atordoado sente a cabeça e os joelhos a doerem. Um fio grosso de sangue luta para sair por entre seus cabelos, buscando seu rosto lívido, o pequeno riacho vermelho escorre até seu queixo e cai em cachoeira rubra por sua camiseta rasgada. Ganhou a camiseta de um político na eleição passada, uma para si e mais duas para os filhos. Deu foi briga. Os filhos eram quatro. “Imprestável” foi o que ouviu da sua mulher — que bom que lhe deixara, ainda chegou a pensar.
Sentiu o calor do sangue no ombro. Sentiu medo.
Levantou cambaleante e olhou para os lados. Novamente sente um safanão. É agarrado por dois guarda-roupas em forma de gente, seguranças de hotel de luxo. Estendido no chão quase a sufocar com um joelho a lhe apertar a garganta, começou a sentir a manhã escurecer e os olhos lacrimejantes em louca luta a se fecharem. A última coisa que, vagamente se lembra foi de uma voz horrível, bem próxima de sua cabeça a gritar palavras sem o menor sentido para ele, seria o cão? Seria o seu acerto, o seu juízo final?
— Don’t worry mister, everything is over control, this one won’t disturb our guests again. Call the cops!
Seu último lampejo de lembranças foi para os filhos, em particular para a caçulinha que ficou como um frágil anjo dormindo em roto berço.
William h. stutz
Fevereiro 2007
A marmita enroladinha em pano bordado limpinho estava bem amarrada na garupa de sua bicicleta, capricho.
Nem acordara e já sonhava com a hora do almoço, comidinha feita por sua filha mais velha, 10 anos. A mulher o largara há tempos, fugiu com um pinta brava do jogo do bicho. Fugiu não, saiu e ainda deixou recado: “Fui! As crianças ficam contigo, o problema é seu. Foi bom fazer não foi? Agora cuida, mané!”
Resignou, amava as crianças, sentiu na verdade foi alívio, agora podia ser feliz. Podia agora aos domingos tomar sossegado e em casa uma cervejinha, podia assistir televisão até a hora que desse sono sem ter que ouvir resmungos ou ataques de raiva, ninguém mais chutava o cachorro ou espancava as filhas, sim, com toda certeza era feliz com sua vida.
Começou a descer o morro. O café frio e o pão adormecido ainda não tinham chegado a seu estômago, tal a pressa que saiu de casa.
Sentiu o gosto amargo na garganta como que querendo sair.
De solavanco em solavanco ganhou o asfalto. Pedalava menos pois ligeira descida, imperceptível, o empurrava suavemente para frente. O ar frio tinha agora cheiro de sal.
Ganhou a orla. Na avenida da praia prudentemente tomou a ciclovia, mas bem no cantinho, era tímido, não se sentia tão igual, não queria incomodar aos que faziam suas corridas, caminhadas ou passeios de bicicleta matinais, para manter a forma, a estética. Homens atléticos, moças torneadas, por ele passavam de nariz empinado. Ele era invisível, e nessa condição se sentia seguro.
Fazia de tudo para não ser notado, mas o ranger de ferro com ferro de sua bicicleta o denunciava, e ele, olhos pregados no chão como a pedir licença pelo espaço que estava a ocupar seguia adiante quase suplicante.
Já ia longe, quando do nada surge um imenso vulto branco que com ele se choca violentamente. Acertou-o de lado.
O monstro albino vinha olhando para trás — não o viu, afinal, lembra? Era invisível.
A roda dianteira da bicicleta topou com o pequeno degrau da ciclovia, e em movimento que durou horas, não dias, em câmara lenta é lançada a metros de distância espatifando-se no asfalto sujo. A marmita é atirada ainda mais longe deixando rastro de arroz e feijão, um pequeno ovo cozido rola até se esconder no canto da calçada fazendo companhia a pontas de cigarro e palitos de picolé.
Ele atordoado sente a cabeça e os joelhos a doerem. Um fio grosso de sangue luta para sair por entre seus cabelos, buscando seu rosto lívido, o pequeno riacho vermelho escorre até seu queixo e cai em cachoeira rubra por sua camiseta rasgada. Ganhou a camiseta de um político na eleição passada, uma para si e mais duas para os filhos. Deu foi briga. Os filhos eram quatro. “Imprestável” foi o que ouviu da sua mulher — que bom que lhe deixara, ainda chegou a pensar.
Sentiu o calor do sangue no ombro. Sentiu medo.
Levantou cambaleante e olhou para os lados. Novamente sente um safanão. É agarrado por dois guarda-roupas em forma de gente, seguranças de hotel de luxo. Estendido no chão quase a sufocar com um joelho a lhe apertar a garganta, começou a sentir a manhã escurecer e os olhos lacrimejantes em louca luta a se fecharem. A última coisa que, vagamente se lembra foi de uma voz horrível, bem próxima de sua cabeça a gritar palavras sem o menor sentido para ele, seria o cão? Seria o seu acerto, o seu juízo final?
— Don’t worry mister, everything is over control, this one won’t disturb our guests again. Call the cops!
Seu último lampejo de lembranças foi para os filhos, em particular para a caçulinha que ficou como um frágil anjo dormindo em roto berço.
William h. stutz
Fevereiro 2007
quarta-feira, fevereiro 14
Arte de viver
(prosa poética em permanente mutação)
(para o amigo Luis Antonio, o Carvalho)
Nada sei
tudo quero perceber, tudo sentir
aprender.
Nada sei - humilde aprendiz das querenças da vida.
Olho encantado para os pequenos viventes no meu entorno.
A formiga, a abelha, a aranha a joaninha;
todos mestres no ensinar a qualquer que queira aprender.
A arte de viver, com eles aprendi, se resume apenas em pelo menos tentar ser feliz.
Uma teia, uma trilha, uma folha.
A gota de orvalho, serena lágrima da silenciosa madrugada,
o vento frio vindo do riacho, a voar assombro de uma bela Alma-de-gato,
aulas.
Em cada movimento uma lição, em cada passagem pura paixão.
Nada sei, mas sei que procuro um lugar este é o meu destino, minha sina.
Lugar onde reina a tranquila paz das igualdades humanas, talvez junto ao mar.
Se a questão é tempo, tanto faz, não me assusta não me afobo
Para algo aprender, primerio temos que amar.
A àgua o céu, o ar, simplesmente amar
Aprendo com os pequenos viventes as grandes lições da breve estadia.
Assim sigo aprendiz, nada sei. Será?
O tempo, esse sim com certeza me dirá.
william h. stutz
fevereiro/2007
(para o amigo Luis Antonio, o Carvalho)
Nada sei
tudo quero perceber, tudo sentir
aprender.
Nada sei - humilde aprendiz das querenças da vida.
Olho encantado para os pequenos viventes no meu entorno.
A formiga, a abelha, a aranha a joaninha;
todos mestres no ensinar a qualquer que queira aprender.
A arte de viver, com eles aprendi, se resume apenas em pelo menos tentar ser feliz.
Uma teia, uma trilha, uma folha.
A gota de orvalho, serena lágrima da silenciosa madrugada,
o vento frio vindo do riacho, a voar assombro de uma bela Alma-de-gato,
aulas.
Em cada movimento uma lição, em cada passagem pura paixão.
Nada sei, mas sei que procuro um lugar este é o meu destino, minha sina.
Lugar onde reina a tranquila paz das igualdades humanas, talvez junto ao mar.
Se a questão é tempo, tanto faz, não me assusta não me afobo
Para algo aprender, primerio temos que amar.
A àgua o céu, o ar, simplesmente amar
Aprendo com os pequenos viventes as grandes lições da breve estadia.
Assim sigo aprendiz, nada sei. Será?
O tempo, esse sim com certeza me dirá.
william h. stutz
fevereiro/2007
terça-feira, fevereiro 13
quinta-feira, fevereiro 8
Todo tempo
o tempo passa
(uma prosa amiga)
Aprendi a não ter vergonha do corpo nem de falar de minhas "deformidades", e pouco olhar para esse invólucro mutante. Importa mesmo e sempre é o recheio.
O "capitão" da melancia, conhece?
É o miolo, a parte mais doce e que sempre reservamos para quem gostamos, enfim a alma.
william h. stutz
fevereiro/2007
(uma prosa amiga)
Aprendi a não ter vergonha do corpo nem de falar de minhas "deformidades", e pouco olhar para esse invólucro mutante. Importa mesmo e sempre é o recheio.
O "capitão" da melancia, conhece?
É o miolo, a parte mais doce e que sempre reservamos para quem gostamos, enfim a alma.
william h. stutz
fevereiro/2007
sábado, fevereiro 3
Amizade
Análise de prosa linda de sábado, Denize e Rosiane almoço deslumbre;
Adoro as amizades antigas.
Nada em absoluto contra as novas, aliás as busco sempre.
O único problema com estas é que demoram tanto para
ficarem velhas...
Adoro as amizades antigas.
Nada em absoluto contra as novas, aliás as busco sempre.
O único problema com estas é que demoram tanto para
ficarem velhas...
sexta-feira, fevereiro 2
Bárbaros
Praia lotada, sol a pino. Pouco se vê da faixa de areia. Um tapete multicolorido de guarda-sóis como uma plantação de cogumelos gigantes se esparrama em semicírculo sufocando a orla.
O barulho infernal de rádios e toca fitas abafa o murmúrio delicado do vento e o infindável quebrar das ondas, que, aparentemente assustadas com a multidão se apressam em maré baixa, quanto maior a distância melhor. Não resolve. A cada palmo de areia produzido pelo recuo inevitável das águas, nova semeadura de cogumelos de pano e gente, muita gente.
O ensurdecedor som eletrônico, numa mistura intolerável de estilos e gostos, mau gosto, é alucinante, de sertanejo a reggae, brega chic e sambinhas, funk quebra-barraco e falcões latinos. Tudo misturado e alto.
As aves por falta de árvores se apinham, lado a lado em pânico silencioso em parapeitos de prédios.
Mães à milanesa aos berros com crianças com baldinhos e bóias.
Pais sonolentos de calção e camisa pólo. Cerveja e churrasquinho murmuram palavrões irritados.
No mar jet skis manobram perigosamente entre humanos de narizes brancos de pomada. Os corais submersos escondem peixes de olhos arregalados e paralisados de medo.
Volta e meia dentre os panos redondos despontam estandartes bizarros alguns com camarões mumificados espetados cheirando a fumaça e cebola sempre seguidos por bando de moscas a lutar contra as poucos e raras rajadas de vento que milagrosamente conseguem romper a barreira humana e seus acampamentos de lazer.
Outros desfilam por sobre a falsa sombra melosos chumaços de melados algodões doce.
O perfume da maresia é substituído por impensável fusão de colônias, cremes protetores, bronzeadores, suor e álcool.
Algazarra de um dia inteiro. Invasão destruidora, nociva.
O vermelho da tarde anuncia uma debandada geral, como decompositores saciados a horda se retira rumorosa. Bêbada, cansada, ardendo em rubra pele.
Aos poucos novamente se ouve a brisa e as ondas, um guruça de olhos em pé lentamente se aventura para fora de sua toca, hoje particularmente fez jus a seu apelido, caranguejo fantasma, passou um dia inteiro invisível.
Ensaia tímidos passos em direção à água, estica o pescoço que não possui, observa. Montanhas de destroços espalhados ao longo de toda a praia, restos de um saque ou de um banquete dantesco.
Silêncio e breu. Com repugnância o pequeno estica as patas para o mar-óleo ainda gelatinoso. Sinais dos tempos, sinais dos ventos. Mergulha prendendo a respiração.
William h. Stutz
Fevereiro/2007
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