Gente que vem de Lisboa
Gente que vem pelo mar
Laço de fita amarela
Na ponta da vela
no meio do mar
"Se for falar mal de mim me chame, sei coisas horríveis a meu respeito" (Clarice Lispector)
sexta-feira, julho 30
quarta-feira, julho 28
terça-feira, julho 27
domingo, julho 25
Cafuné na cabeça
Como diz Leila Diniz: "Um cafuné na cabeça, malandro, eu quero até de macaco."
A foto foi uma das vencedoras do International Conservation Photography Awards. A galeria completa dos ganhadores pode ser vista no site www.icpawards.com
Dica da amiga Biologada Andréia Fernandes
A foto foi uma das vencedoras do International Conservation Photography Awards. A galeria completa dos ganhadores pode ser vista no site www.icpawards.com
Dica da amiga Biologada Andréia Fernandes
sábado, julho 24
Foguetes
Estranho, não havia notado. Talvez em função do horário, mas como estou de férias só agora pus reparo. Todos os dias, pontualmente, às 6h30 da manhã, ouço o espocar de um foguete de três tiros. Um rojão desses comuns cujo outro efeito, além dos estampidos, é o prazeroso cheiro de pólvora que fica no ar gelado das festas juninas. Assim do nada se faz ouvir nem tão longe de mim.
Como disse, não havia colocado tenência nos fogos e em seu rígido e britânico horário antes, pois normalmente a estas horas já estou fora da cama faz tempo, de café tomado, lixo para fora às segundas, quartas e sextas. O cão afagado, as crianças no carro rumo à escola e nós ao trabalho. Daí, às 6h30, o ecoar desses fogos não pegar ninguém em casa. Todo mundo em pé e funcionando. Ecoa deserto em salas e quartos vazios.
Mas as férias nos dão o direito de ficar um pouco mais na cama, de acordar mais tarde, de ter fome ou sede fora de horário além, e é claro, de escutar daqueles que não estão de férias a velha e irritante interjeição em deboche: Férias? De novo!?
Fico a imaginar os motivos que levam alguém a todo dia, religiosamente, soltar apenas um daqueles de três tiros. A fantasia e as lendas aqui se fundem. Dizem alguns, aos cochichos, que estes rojões são o indicativo de que chegou droga em alguma boca das quebradas.
Ponho-me a imaginar. Será que tem traficante que, como leiteiro de antigamente, se põe a avisar aos usuários que o ponto está aberto? Que é só entrar na fila, dar um cordial bom-dia e, à luz de um amanhecer, comprar sua trouxinha de qualquer coisa e sair como se à venda fosse? Duvido, não acho plausível, pelo menos aqui em Uberlândia, talvez nos morros do Rio ou em favelas de Belo Horizonte, mas não aqui no portal do cerrado.
Outra hipótese mancomunada sob cobertores em manhã fria toma forma: e se fosse uma promessa por graça alcançada? Tipo assim, se conseguir tal coisa, prometo ao santo soltar um foguete toda manhã, às 6h30, pontualmente, durante dois anos. Sei não, este acordar assustado com barulho de guerrilha seria um suplício grande demais, tanto para o bairro quanto para o próprio santo que, de tanto susto, tomaria a graça alcançada para trás e rogaria imprecação das grandes. E olha, com praga de santo não se brinca. Descarto a promessa.
Quem sabe é alguém de família grande que precisa acordar todo mundo e, cansado de pular de quarto em quarto, resolveu e comunicou em reunião de almoço de domingo que a partir daquele dia o despertar seria do barulho? Não, difícil acreditar nisso.
Culto ou missa em igreja sem sino? Uma chamada matutina para os fiéis? Pouco provável, já teria dado encrenca. Afinal, o Estado e todo aparato de fiscalização e repressão é laico e já teria sido acionado por vizinhança.
Mas que diabos, me desculpe o santo da frase acima por citar o tinhoso, faz alguém soltar estes traques crescidos todos os dias?
Quer saber, não vou perder o sono por conta disso. Mas por que será?
Vamos esperar para ver quando chegar o horário de verão. Será que a(o) fogueteira(o) vai adiantar o lançamento em uma hora? Ou o significado não está preso ao passar de horas humano?
Enquanto o mudar de hora não vem, no soar das 6h30 acordo cedo e aproveito para ficar mais tempo à toa. Afinal, férias com ou sem foguete foram feitas para isso, ou não?
No Jornal Correio de hoje AQUI em pdf
sexta-feira, julho 9
quinta-feira, julho 8
Fobia
Parabéns à Psicóloga clínica Shyrley Pimenta. Como agorafóbico, não no sentido etimológico e também como fóbico social confesso, também não no sentido literal ou patológico, escrevi outro dia sobre isso, achei de uma riqueza ímpar o artigo "Dos transtornos fóbicos" - Ponto de Vista 06/07/2010. [Erroneamente até que em contrário provem, assinado por José Lucindo Pinheiro na versão em pdf]
Cabem tantos e vastos universos em nossas mentes e não serão apenas sondas, telescópios ou ressonâncias que os desvendarão assim tão facilmente. Mas sim a observação, o contato e o garimpar profissional/humano constituem as verdadeiras ferramentas a apaziguar, trazer conforto e reconquista à alma humana em desarmonia.
O arsenal químico terapêutico é, ou deveria ser, apenas um coadjuvante do bem estar.
Palavra de veterinário
Espanha e Holanda
Leila Diniz sabia das coisas: Profética e poética Final de copa
Um Cafuné na Cabeça, Malandro, Eu Quero Até de Macaco
Milton Nascimento e Leila Diniz
Brigam Espanha e Holanda
Pelos direitos do mar
O mar é das gaivotas
Que nele sabem voar
Brigam Espanha e Holanda
Pelos direitos do mar
Brigam Espanha e Holanda
Por que não sabem que o mar
Por que não sabem que o mar
Por que não sabem que o mar
É de quem sabe amar
Um Cafuné na Cabeça, Malandro, Eu Quero Até de Macaco
Milton Nascimento e Leila Diniz
Brigam Espanha e Holanda
Pelos direitos do mar
O mar é das gaivotas
Que nele sabem voar
Brigam Espanha e Holanda
Pelos direitos do mar
Brigam Espanha e Holanda
Por que não sabem que o mar
Por que não sabem que o mar
Por que não sabem que o mar
É de quem sabe amar
quarta-feira, julho 7
Posse responsável
terça-feira, julho 6
segunda-feira, julho 5
Virtual relacionar
Ainda não entendi o tal do Facebook. Me parece o mais mineiro dos sítios de relacionamento. O msn é uma zona, o Orkut narciso espelho, o Twitter é ligeiro interage de verdade, o melhor. O Facebook tem uma faceta de sobriedade britânica, um "Q" de casino paraguaio e um quase nada de boteco, mudo de prosa. Talvez eu não saiba mesmo... é usar. Vou aturando, aturando...
Seminário Nacional
O 5º Seminário Nacional O Professor e a Leitura do Jornal será realizado na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) entre os dias 14 e 16 de julho, com o tema “Educação, mídia e formação docente”.
Segundo os organizadores, desde 2002 o encontro bianual estuda os meios de comunicação como ferramentas de aprendizagem bem como analisa a educação sob um ambiente cada vez mais influenciado pelas tecnologias da informação. Também fazem parte do objeto de estudo os conteúdos veiculados pelos meios jornalísticos e a formação de professores e dos alunos.
O seminário será realizado no Centro de Convenções e na Faculdade de Educação da Unicamp, Cidade Universitária Zeferino Vaz, Barão Geraldo, Campinas
O evento contará com as oficinas “Jornal na escola”, “Blog na Educação”, “Edição digital não linear na produção de audiovisual e leitura crítica do Youtube”, “História em quadrinho”, “Videodocumentário” e “Rádio na escola”, entre outras.
Entre os temas de mesas-redondas programados estão: “Educação, cybercultura e multimídia”, “Mídia e educação: práticas e perspectivas de políticas públicas”, “Livro-reportagem, jornalismo literário e jornal científico”, “Diálogo entre a literatura e a mídia” e “Educação na cultura da mídia e consumo”.
Mais informações: www.alb.com.br/portal/5seminario/culturais.html.
quinta-feira, julho 1
Por trás da Colina
Queridos amigos, não percam este documentário sobre Afonsinho. Uma parte importante e verdadeira de nossa história que não deve jamais ser esquecida. Uma história real de quem realmente sofreu os horrores da repressão. Nada de fantasia, devaneios, delírios megalomanicos ou ficção. Imperdível!
Documentário sobre Afonso Lana será exibido hoje
“A Luz Que Surgiu Por Trás da Colina” dirigido por Carlos Segundo, é a atração do DocTV
O documentário “A luz que surgiu por trás da Colina”, dirigido por Carlos Segundo e que conta a trajetória de Afonso Lana, será exibido hoje e amanhã para as afiliadas da TV Cultura no DocTV. Em entrevista ao CORREIO em junho do ano passado, Afonso Celso Lana Leite, 64 anos, professor do curso de Artes Visuais da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), definiu sua história como “a trajetória incomum de um homem comum”.
Produzido com o incentivo do Programa de Fomento à Produção e Teledifusão do Documentário Brasileiro (DOCTV), da Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura, o vídeo que será exibido na TV tem 52 minutos.
Lana entrou para a Colina - sigla de Comando de Libertação Nacional, organização política de esquerda que adotou a luta armada no Brasil – em 1968. Ele vê o documentário como uma forma de reconhecimento. “Passaram-se muitos anos até esse ponto, em que, quem como eu, foi preso, torturado, exilado, é convidado a dar palestras e contar o que viveu. Logo após a anistia, tive que conviver com grandes dificuldades. As pessoas me rejeitavam. O fato de expor num filme fatos que se passaram obscuros às pessoas é importante”, disse ele à repórter Gislene Tiago, em junho de 2009.
O documentário conta não só o aspecto político da vida de Afonso Lana, aborda também a formação profissional. “Precisei circular por vários países do mundo. Simplificando, é a trajetória de um jovem estudante de veterinária que retorna como artista plástico.”
Saiba mais
O que: Documentário “A luz que surgiu por trás da Colina”
Direção: Carlos Segundo
Duração: 52 minutos
Quando: Hoje, às 23h, na Rede Minas (canal 4 na TV aberta, canal 14 da TV a cabo CTBC).
Fonte: Jornal Correio de Uberlândia
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