Veio da amiga Lilly Falcão, reparto.
"A culpa é minha e eu coloco ela em quem eu quiser..." [Homer Simpson]
"Se for falar mal de mim me chame, sei coisas horríveis a meu respeito" (Clarice Lispector)
quarta-feira, dezembro 29
terça-feira, dezembro 28
2011
Para Virgínia e seu coelho chinês. Para todos os amigos.
Feliz 2011 - Ano do Coelho (desenho Carlos Kubo)
Que não seja tão ligeiro nem afoito quanto o bicho que o rege. Da calma atenta a sua marca.
Como sempre-viva embalada em vento frio e silencioso de serra onde piar de passarinho discreto difícil se faz notar.
Longe, um trotar de cavalo areado. Cavaleiro? Cada um de nós.
Garupa? Nunca, pois quem lá fica rédea não comanda.
Donos do rumo comandamos o passo. O caminho a seguir cada um faz. A escolha.
Procure-se pois trilheiro mais brando; mais grama, menos pedra/pó.
Em frescor tímido mas feliz cantar, que 2011 nos conduza por trilhas de mata fechada regadas a doces cachoeiras e esvoaçar de borboletas e jataís doceiras. Um ano bom logo ali se avista, a rédea é nossa, destino também. Que o coelho símbolo nos guie sim, mas sem relógio, sem atrasos, sem obrigações entediantes. Chá das cinco ou cachaça na venda. Só vendo
2011 feliz, harmonico, sonoro, canoro
Beijos a todos.
Billy
Publicado também no Palanque Marginal Ano IX Nº 426 - Quinta • 6/1/2011 e em
"Do leitor" do Jornal Correio - Terça • 4/1/2011
Feliz 2011 - Ano do Coelho (desenho Carlos Kubo)
Que não seja tão ligeiro nem afoito quanto o bicho que o rege. Da calma atenta a sua marca.
Como sempre-viva embalada em vento frio e silencioso de serra onde piar de passarinho discreto difícil se faz notar.
Longe, um trotar de cavalo areado. Cavaleiro? Cada um de nós.
Garupa? Nunca, pois quem lá fica rédea não comanda.
Donos do rumo comandamos o passo. O caminho a seguir cada um faz. A escolha.
Procure-se pois trilheiro mais brando; mais grama, menos pedra/pó.
Se tiver poeira eu vou na frente,
se tiver porteira eu vou no meio,
se tiver atoleiro eu vou atrás.
Em frescor tímido mas feliz cantar, que 2011 nos conduza por trilhas de mata fechada regadas a doces cachoeiras e esvoaçar de borboletas e jataís doceiras. Um ano bom logo ali se avista, a rédea é nossa, destino também. Que o coelho símbolo nos guie sim, mas sem relógio, sem atrasos, sem obrigações entediantes. Chá das cinco ou cachaça na venda. Só vendo
2011 feliz, harmonico, sonoro, canoro
Beijos a todos.
Billy
Publicado também no Palanque Marginal Ano IX Nº 426 - Quinta • 6/1/2011 e em
"Do leitor" do Jornal Correio - Terça • 4/1/2011
quinta-feira, dezembro 23
Tropicais festas
Boas e tropicais festas. Cantos de sabiá embalem sua tarde da virada e manhã do primeiro dia. De nossas flores nossa árvore de Natal. Nossos presentes? O doce mel de nossas abelhas nativas para se fartar em jataís e uruçus. No mais um sorriso, uma prece, um beijo e um queijo.
Nos aguarde 2011, nos aguarde
Nos aguarde 2011, nos aguarde
quarta-feira, dezembro 22
Ritmo
Fim de ano, o cansaço bate. A toada diminuindo a ponto de nem poeira levantar. Acho que vou parar um pouco aqui. Tem muita coisa para fazer e o tempo curto. Tem um tanto assim de poemas novos, crônicas e prosas para revisar, reler, maturar.
Deixo vocês até o ano que vem. Volto em janeiro, me dou uma folga.
Festas boas, passagem de ano porreta. Vejo vocês depois da virada.
Beijos e/ou abraços
Lá vou eu rumo a 2011
Deixo vocês até o ano que vem. Volto em janeiro, me dou uma folga.
Festas boas, passagem de ano porreta. Vejo vocês depois da virada.
Beijos e/ou abraços
Lá vou eu rumo a 2011
segunda-feira, dezembro 20
sexta-feira, dezembro 17
@uberlandia
Tive a honra de ser entrevistado pela mais enigmática, bem informada e popular tuieteira de Uberlândia. Ninguém conhece sua verdadeira identidade é @uberlandia e pronto. Tomo a liberdade, com autorização dela, de reproduzir aqui nossa conversa. O post original está no seu blog arroubauberlandia. Me diverti prá caramba. Compartilho.
Uber entrevista com William H Stutz
Sexta-feira é dia de #UberEntrevista aqui no #UberBlog e o entrevistado de hoje foi indicado pelo nosso prefeito @odelmoleao. Posso falááá? Ele é apaixonante! Inteligente, talentos, divertido e de personalidade rara. Praticamente uma espécie em extinção! Com vocês, @williamhstutz!!!
Nome completo: William Henrique Stutz
Data de nascimento: 05/09/1954
Naturalidade: Belo Horizonte
Profissão: Médico Veterinário
Estado civil: Casado com Beatriz e pai de Mariana e João Lucas
Estado "militar": "Hay que endurecer pero sem querer querendo". Não sei se foi o Chaves, a Chiquinha, a Dona Florinda ou Seu Madruga que disse isso... ( Na verdade essa frase foi cunhada pelo amigo, escritor, cartunista e jornalista Mauricio Cintrão, lá de Sampa.)
Estado de "choque": Meu Galo quase caindo para a segundona
Estado de MG: Para essa resposta fiz um quase haicai:
Cerrado /montanha /cachoeiras /ventoVício: Ler, ler, internet e minha casa
E tudo que, em belo embrulho, vem dentro.
Um uber sonho: Sem pieguice? Queria tanto um mundo verdadeiramente justo e perfeito!
Um uber pesadelo: Pode ser no plural? Conviver com meus fantasmas. Países se armando em guerras, mulheres apedrejadas, inadmissíveis atos xenofóbicos e/ou homofóbicos, crianças famintas, campos de refugiados. Enfim tudo que tem origem na maldade e no infindável nonsense humano.
@uberlandia Em primeiro lugar, uber grata por ter aceitado a indicação do @odelmoleao! Adorei a oportunidade e o desafio. Digo desafio porque como a escolha do entrevistado não parte de mim, é sempre uma surpresa! Felizmente tenho tido sorte. As surpresas têm sido bem boas!
@williamhstutz Eu é que agradeço a chance de poder trocar impressões com a mais intrigante, bem informada e querida personagem do Twitter de nossa cidade. Sem você, o Twitter seria de um vazio sepulcral ou um simples mural de bilhetes.
@uberlandia Ui! Assim me sinto envaidecida! KKKK
@uberlandia Lembro-me que certa vez você twittou algo a meu respeito... Não me lembro exatamente, mas foi algo do tipo: "ao mesmo tempo fútil e útil". Sabia que isso me marcou bastante? Foi uma percepção importante para o meu crescimento e amadurecimento...
@williamhstutz Verdade, você tem uma qualidade invejada pela maioria dos tuiteiros, basta ver quantos tentam te imitar, sem sucesso é claro. Você consegue com a mesma galhardia navegar pelos mares calmos de balneários, resorts top e por boulevares parisienses, com a mesma tranquilidade e objetividade que denuncia /aponta, desmazelas e sofrimento humano . Põe o pé na terra onde os menos favorecidos sofrem, onde casarões históricos desabam pulverizando nossa já combalida história,repreende pessoas sem educação, que jogam lixo nas ruas ou desrespeitam as regras básicas de trânsito. Isso te faz especial e intrigante. Com sorriso fala do fútil, com o "semblante" sereno nos abastece e enriquece com o "útil". Muda não, viu? Combinado?
@uberlandia Combinadíssimo! =)
@uberlandia Mas enfim.... deixa isso pra lá porque o entrevistado é você! Aceita alguma bebida? Água? Vinho? Quero te deixar beeem à vontade, tááá?
@williamhstutz Quem sabe uma Über Weiss? [Não é jabá para Uberbrau não tá?]
@uberlandia William, você é veterinário sanitarista, nascido em Belo Horizonte, apaixonado por Uberlândia e modestamente se diz aprendiz de escritor e poeta. Além disso, cozinheiro experimental e criador de sacis... Isso é tudo verdade?
@williamhstutz É isso. Sou Veterinário, pós-graduado em Saúde Coletiva pela nossa UFU. Tento escrever desde os sete anos e adoro cozinhar. Cozinha para mim é um laboratório de aromas, sabores e texturas. Gosto de arriscar ingredientes. Gosto de ir al ém do tradicional Mango Chutney com carnes vermelhas. Gosto de inventar. Nessa, milhões de pratos já foram perdidos. Alguns, no entanto, fizeram sucesso (ou então os degustadores / cobaias foram por demais generosos). Só para ilustrar a riqueza do ato de cozinhar, tome como exemplo a Salada Waldorf. Seguramente foi uma total obra do acaso que deu super certo.
Sei que você não perguntou, mas gosto mesmo é de churrasco, e esse não tem segredos.
Quanto aos sacis, os crio em meu imaginário com a motivação maior de preservar nossas histórias e folclore. Gosto de contar casos, tento tirar um pouco nossas crianças do mundo de Power Rangers, Transformers e Barbies, e levá-las a conhecer um pouco de sacis, caiporas e curupiras. Assim, eles não morrerão e perpetuamos nossos persongens tupiniquins.
Resumo da ópera: Mais Saci menos Halloween
@uberlandia A partir dessa breve descrição, a contar também pelo seu próprio sobrenome, você me parece que não nasceu pra ser uma pessoa comum... Pelo menos eu não acho comum um veterinário por formação como você ter aptidões múltiplas como gostar de escrever, cozinhar e criar sacis! Você se considera uma pessoa normal?
@williamhstutzObrigado pelo “ter aptidões múltiplas”, mas de onde venho, onde e como me criei, nada é estranho nem diferente. Aliás, quanto mais múltiplo, melhor. Não sobra tempo para tédio... rsss
Mas o difícil mesmo é definir normalidade. Digamos que em uma escala padrão, uma do tipo escala Richter, eu me colocaria a 5 pontos. Não tão light a ponto de ser imperceptível, mas também nenhum pouco devastador para causar estragos significativos e irreparáveis. Então, devo ser algo bem próximo do normal sim, dependendo de quem me olha e realmente me vê.
@uberlandia E seria possível classificar as pessoas em "comuns" e "não comuns"? Ou será que é melhor classificá-las como "loucas" e "não loucas"?
@williamhstutz Eu prefiro o jeito das crianças que, de maneira direta , dividem o mundo dos humanos adultos: Tem gente que é do bem e outras que são do mau.
Dentro do grupo das do bem entraria a escala a qual me referi na resposta anterior. No grupo das pessoas do mau... Bom, dessas quero distância cósmica.
Quanto à loucura, minha definição da mesma está explicitada no maravilhoso filme Le Roi de Coeur de Philippe de Broca, cujo título foi horrivelmente traduzido para "Esse mundo é dos loucos!" Recomendo e acredito que pode ser encontrado em alguma locadora de nossa cidade. Será que nosso amigo @vlemos pode nos ajudar a garimpar essa jóia rara?
@uberlandia Como classifica e/ou seleciona pessoas nas redes sociais? Prefere as "loucas" e "não comuns"?
@williamhstutz Procuro me ligar apenas às pessoas "do bem". Mas às vezes rola cada decepção...
@uberlandia Qual a diferença de um "Silva" para um "Stutz"? Você é um "Stutz" legítimo? Tem a ver com os carros Stutz?
Tem mais Silva no Brasil do que Stutz, isso posso garantir e talvez essa seja a única diferença.
As raízes da família Stutz estão lá nos países nórdicos. Não, não sou um Stutz legítimo, se é que realmente existem. Explico. Nosso sobrenome original era Stutzsky. Meus avós paternos ainda crianças em um longínquo 1917, fugiram da Rússia, da revolução bolchevique. Somos de família judaica. “Somos descendentes do patriarca bíblico Éber, nosso antepassado histórico e espiritual”. A citação é da Tora ou Tanakh.
A perseguição aos judeus à época pelos stalinistas, foi tão brutal e cruel quanto àquela mais tarde protagonizada pelos nazistas.
Para fugir tiveram que adotar nomes que não levantassem suspeitas, daí o Stutz tomou o lugar do Stutzsky.
Fugiram para os Estados Unidos e se fixaram no Brooklyn, Nova York, para onde foram a maioria dos judeus fugindo de Stalin e bem depois de Hitler.
Meu pai lá nasceu e nós temos dupla nacionalidade, com report of birth e tudo mais. Meu pai conheceu e se casou com minha mãe, mineira de Teófilo Otoni, quando ambos estavam a fazer pós-graduação na Universidade de Michigan, mas essa é outra e longa história. Acho que a única relação com os velhos carros Stutz é uma loja de pneus que um tio meu tem em Detroit, nada além disso.
Só para constar, minha família nos EUA é imensa, tios e primos aos montes. Na Europa e na União Soviética, hoje felizmente Rússia novamente, não sobrou ninguém, foram todos mortos nos campos de concentração. Acreditamos e pelas informações recolhidas por tios que lá estiveram a procura de parentes vivos, foram executados principalmente em Majdanek.
@uberlandia Você nasceu em BH, mas declara amor por Uberlândia... Quando, como e por que veio parar aqui? Não há amor tb por BH?
@williamhstutz Vim para Uberlândia em 1975 fazer vestibular para Medicina Veterinária. Passei, fiquei, apaixonei pela cidade e por minha Bia, casei, fiquei.
Quanto a BH, tenho que roubar versos de dois mestres para explicar :
Primeiro me lanço ao nosso mineiro Carlos Drummond de Andrade:
"Itabira é apenas um retrato na parede. Mas como dói!"BH é, para mim, a Itabira de Drumonnd, apenas um retrato na parede, só que não dói.
E outro imortal, Fernando Pessoa:
"O Tejo é mais belo que o rio queO rio de minha vida é o Uberabinha
corre pela minha aldeia,
Mas o Tejo não é mais belo que o
rio que corre pela minha aldeia
Porque o Tejo não é o rio que corre pela minha aldeia"
@uberlandia Por que escolheu veterinária e não... comunicação? Letras? Jornalismo?
@williamhstutz Essa pergunta é super pertinente. Venho de uma família de artistas, exceto meu pai que era da Marinha dos EUA, porém homem muito culto, sempre chegado à leitura. Nunca passou uma noite sequer quando estávamos sob o mesmo teto que não o visse empunhando um livro. Mãe e irmão escritores, irmã bailarina/atriz/coreógrafa, o clima familiar e do ciclo de relacionamento me empurrava às artes.
Estive em alguns momentos propenso a seguir outros rumos. Mas como quase todos que vão à medicina veterinária, minha paixão por bichos falou mais alto.
Durante o curso descobri a Saúde Pública, foi amor à primeira vista, love at first sight total.
Agora conta você amiga @uberlandia: é ou não é pura arte fazer Saúde Pública? Consegui unir as duas coisas. Mas ainda vou fazer Jornalismo e não vai demorar muito não.
@uberlandia E como conheceu o @odelmoleao? Você imagina o porquê dele ter te indicado pra #uberentrevista? Qual a relação de vcs? Como vocês se conheceram?
@williamhstutz Acompanho na coxia nosso prefeito Odelmo Leão há muito tempo. Talvez nem ele se lembre, mas a primeira vez que nos encontramos foi em uma reunião de professores na Delegacia de Ensino. O ano era 1983 se não me engano. Bia e eu tínhamos acabado de chegar de São Sebastião do Pontal, à época distrito de Iturama, que hoje pertence a Carneinhos. Um vilarejo naquele tempo de poucas almas, sem acesso,estrada só na seca, se chovia gastávamos dias para andar os 90 km que nos separavam da sede do município. Televisão nem pensar e luz elétrica constante era coisa rara. Fica na divisa com Mato Grosso, onde éramos professores rurais. Fiquei impressionado com a postura do então deputado.
Nosso segundo encontro selou admiração e respeito. Também acho que ele não se lembra. Odelmo era presidente do Sindicato Rural e Secretário de Agricultura do prefeito Virgílio Galassi. Por favor me corrija se os fatos e datas não estiverem corretos. Estávamos com grande um problema à época de raiva bovina e o então IESA estava sem estrutura de trabalho. Preocupados, nos reunimos com ele e com um simples telefonema, na nossa frente, ligou para o Secretário de Estado de Agricultura. Fomos então autorizados a assumir o trabalho, assim, sem enrolação ou falsas promessas, resolveu em minutos um problema enorme. Foi na lata. Saímos de lá impressionados, pois não estávamos acostumadas a coisas assim no serviço público.
Para finalizar essa passagem: Controlamos a raiva em pouco tempo. Aos mais afoitos um recado: Não tenho cargo algum de chefia, coordenação, comissão, função de confiança ou outro que seja. Em nossa prefeitura, sou um simples e concursado Veterinário, bem perto de completar 3 décadas de serviços prestados sempre na Secretaria de Saúde, portanto, posso falar com tranquilidade e admiração de nosso prefeito, sem que, para os de espírito de porco, isso configure puxa-saquismo, aliás, graças a Deus nunca usei desse expediente em toda minha vida, e nem usarei.
Quem me conhece sabe bem como penso. E mais, seguramente os próximos prefeitos terão que apertar o passo para conseguirem a excelência humana e administrativa de Odelmo. Uberlândia passará em breve a viver duas eras na política municipal AO e DO, ou seja, antes de Odelmo e depois Odelmo. Os DO que se prepararem e segurem o chapéu, não será fácil acompanhar a toada, seguramente as comparações naturalmente virão.
@uberlandia Você é escritor, poeta e é blogueiro desde 2006! Como se deu a ideia de ter um blog? Foi inicialmente um meio encontrado pra publicar suas poesias?
@williamhstutz Sou velho de internet. Sempre fui apaixonado por novas tecnologias. Sou do tempo em que a única ferramenta de comunicação, o avô dos chats, era o IRC e um outro que rodava no Prompt do DOS e lá estava eu fuçando, aprendendo na bruta, sem manual de instrução ou professor. O Explorer e o Netscape estavam em versões do tipo 1.0 ou quase isso.
Depois vieram os sites, aprendi a escrever html puro. Fiz meus sites, no bloco de notas e até hoje prefiro assim, os scripts ficam mais limpos. No que diz respeito a sites, tenho dois: Arte e saúde: o Escorpião na Visão de nossos Artistas www.escorpiao.vet.br, onde consegui juntar trabalhos dos melhores cartunistas do Brasil, que fizeram desenhos exclusivos para ele, além do Ação Ambiental Morcego Livre www.morcegolivre.vet.br, a partir do qual tornei-me presidente de ONG ambiental.
Depois comecei a escrever em sites literários. Os Anjos de Prata www.anjosdeprata.com.br foi o primeiro e nele tivemos a força do grande Mário Prata. Infelizmente este site está temporariamente parado, sem atualizações, mas continua no ar e merece visita.
Os Blogs foram consequência. É um espaço fantástico. O "Blog da Saúde" www.saudeuberlandia.blogspot.com é uma declaração de paixão ao meu trabalho na prefeitura, o "Cerrado de Minas" http://cerradodeminas.blogspot.com, uma ode à vida e a minha Uberlândia. Ambos estão sempre em constante mutação.
@uberlandia Há cerca de 1 mês twittei sobre o plágio de um dos seus textos... Lendo um de seus blogs, verifiquei que não é a primeira vez que você é vítima desse tipo de crime. É um crime. Você já "processou" alguém por isso?
@williamhstutz Pois é, infelizmente existe muita gente que vive das criações alheias. Falei sobre isso em recente crônica no Jornal Correio. Este cidadão em particular, que se diz jornalista , me surpreendeu. Daria roteiro de filme. Ele simplesmente copiou dezenas de textos de vários autores que publicam no Jornal Correio e os tomou como dele. De raiva à dó, do infeliz deficiente de intelecto e ética, foi um pulo. Estou municiado para uma eventual ação judicial caso me veja usurpado novamente. Mas no fundo fica apenas... pena.
@uberlandia Qual a sensação de se ter um texto roubado? É igual, parecido ou pior do que ter uma casa arrombada?
@williamhstutz As criações , sejam literárias ou outra forma de expressão, custam algum sofrimento para quem as produz. Pode parecer mentira, mas criar muitas vezes dói, machuca. Porém, depois de prontas vem um porre de endorfina. Relaxante sensação de prazer absoluto. Quando te roubam um texto te roubam mais do que palavras, roubam um pouco de sua vida, e isso incomoda pra caramba.
Ao final das contas um texto roubado é uma casa violada.
@uberlandia Por que acha que as pessoas plagiam? É ingenuidade? Desconhecem a lei ou sabem que não há efetiva punição? Há casos de má fé mesmo? As pessoas confundem liberdade de expressão e internet livre com o roubo de conteúdo?
@williamhstutz Se uma criança ou um adolescente copia um texto meu e coloca no perfil no Orkut, e já achei vários, isso não me incomoda em nada. Sinto-me até orgulhoso e rejuvenescido. Mas quando um cara velho, barbado e que ainda se diz jornalista, que trabalha ou trabalhava em importante veículo de comunicação de expressão nacional, faz uma coisa dessas, é cara de pau, falta de vergonha e ética, desonestidade pura mesmo e isso me tira do sério.
@uberlandia A lei de direitos autorais brasileira existe (Lei 9610 de 19/02/1998), contempla os direitos autorais na internet, mas talvez por ser rigorosa demais chega a ser ultrapassada e difícil de ser gerida. Concorda?
@williamhstutz Concordo sim, penso que nossos juristas junto com artistas, intelectuais, pesquisadores , enfim, com quem publica na web, poderiam trabalhar juntos para que a legislação fosse adequada, não menos rigorosa, mas mais ágil e que verdadeiramente punisse quem usasse desse expediente baixo e vulgar. Não estou falando de indenizações milionárias. Falo de retratação pública. Dói mais no infeliz parasita de idéias do que simplesmente pagar uma multa.
@uberlandia O que euzinha não poderia deixar de te perguntar antes de terminar a #uberEntrevista? E qual é a resposta pra essa pergunta?
@williamhstutz Uai !? De todas, essa é a pergunta mais complicada. Passo ! Pode ser? Rssss, Eu tenho sete de copas e par de três, você certamente tem zap, sete de ouros, 3 e é pé. Entendeu? Rsss
@uberlandia Tudo bem! Dou a cartada final... Mas antes de você se ver livre de mim... escolha o próximo uber entrevistado da semana que vem! Precisa ter twitter, tááá?
@williamhstutz Quero agradecer o prazer de participar dessa entrevista e me desculpar por prolongar tanto na maioria das respostas. Foi uma prazerosa catarse, digna de divã de algum renomado psicanalista. Mais uma vez quero agradecer ao nosso prefeito pela indicação e espero ter sido merecedor.
Aproveito ainda pra desejar a todos boas festas e um 2011 maravilhoso. Paz e harmonia para todos, sejam felizes.
Olha só, tem muitas pessoas fantásticas no twitter que poderia indicar, mas tenho de escolher uma, então vou sugerir uma pessoa que está sempre em prosa e verso que, carinhosamente, chamarei de retratista: o fotógrafo @georgethomaz. Ele sim, uma "figurinha carimbada" das artes em Uberlândia.
@uberlandia Obrigada, obrigada, obrigada! :)
quinta-feira, dezembro 16
30 anos de vet
quarta-feira, dezembro 15
Esperteza?
Romã
domingo, dezembro 12
Plágio (Parte 2)
Aqueles que prezam a criatividade como o principal valor artístico esforçam-se para personificar esse valor e abominam todo tipo de plágio; aqueles que enfileiram justificativas para o plágio, tentando atenuar o juízo do público sobre ele, aceitam o caminho mais fácil da cópia supostamente aperfeiçoada e fazem um desserviço à arte. Sérgio Barcellos Ximenes in Roteiro Romanceado - www.roteiroromanceado.com
Gente disposta a roubar obras alheias existe desde que o mundo é mundo.
A internet que tudo dá, também sabe muito bem tirar e já conta com mecanismos para descobrir esses vampiros de ideias. Aqui aponto alguns que poderão ser úteis àqueles que não gostam de ver suas ideias compartilhadas sem autorização e muito menos deslavadamente roubadas por pessoas mal intencionadas e vazias de intelecto e ética.
Começo pelo Copyscape. Este site oferece um programa de busca por meio de endereço do texto original a ser procurado, também oferece banners de aviso. Sabemos que para o plagiador por natureza esses avisos, assim como as licenças disponibilizadas pelo Creative Commons, e nada são a mesma coisa, porém, em caso de ação judicial, elas podem reforçar o processo contra o fraudador.
Outra ferramenta contra plágios é o Doc Cop. Aqui é exigido registro e se você não for fluente em inglês pode ter alguma dificuldade. Aparentemente, a ordem no Doc Cop é complicar. Mas os resultados finais são satisfatórios.
O programa mais amigável e que apresenta ótimos resultados é o Plagium. Esta ferramenta gratuita foi a que se mostrou a mais eficiente. Se você publica na web, não pode deixar de fazer uso dessa incrível caçadora.
Ao se deparar com suas obras copiadas, é importante seguir alguns passos:
Não se esqueça nunca de copiar a página da web onde se encontra o plágio, para tanto, tecle print screen. Aí, use a arma do plagiador no Paint: ctrl c. ctrl v e salve a tela como imagem. Esta é mais uma prova do furto, pois mesmo se o cidadão apagar o site ou blog, você fica com a prova do delito.
Se a opção for por uma ação judicial, aí o assunto é com os advogados especializados em direitos autorais, que podem assumir a causa. Mas o importante é denunciar. Os sites de relacionamento tipo Twitter, Facebook, Orkut, MSN são também ótimos aliados para espalhar o que está acontecendo, conte o fato, repasse os endereços. Muitos de seus contatos certamente vão até o local e outros tantos vão escrever para o plagiador notas de desagravo, na maioria das vezes a vergonha de ser desmascarado faz com que o cidadão tire as cópias do ar, caso isso não aconteça, o caminho é a justiça.
Um artigo imperdível é o “Caçador de Plágios”, publicado online no site da Agência Fapesp, onde grupo liderado pelo professor Harold Gardner, do Centro Médico da Universidade do Sudoeste do Texas, apresenta programa por ele desenvolvido exatamente para auxiliar a reduzir a nefasta prática do plágio que assola as ciências e as artes.
Finalizando, nunca é demais reforçar que plágio é crime previsto em lei. A legislação pode ser encontrada no site da Presidência da República, Casa Civil, Subchefia para Assuntos Jurídicos - lá a Lei dos Direitos Autorais está na íntegra. O site literário Blocos online tem uma seção inteira sobre o assunto. Para localizar os sites citados aqui no texto, basta jogar no Google e boa sorte.
Publicado em Jornal Correio de hoje veja AQUI em pdf
E AQUI no site do Jornal
sexta-feira, dezembro 10
Metamorfoseando
quinta-feira, dezembro 9
quarta-feira, dezembro 8
terça-feira, dezembro 7
domingo, dezembro 5
Plágio (Parte 1)
E não é que para meu espanto e susto dei de cara em vários lugares da web com textos meus literalmente copiados por um mesmo certo cidadão? Até longe, em um jornal do norte de Minas achei meus escritos.
A primeira sensação foi de raiva. Senti-me extremamente ferido por agressão tão torpe. Que tipo de pessoa pode ser tão baixa a ponto roubar algo muito mais valioso do que metais para quem os cria? Afinal, quando escrevemos colocamos ali mais do que simples letrinhas e regras gramaticais. Aliás, estas, feitas para serem prazerosamente burladas cada vez que inventamos uma palavra que só existe em nosso imaginário. De imediato consultei amigos, juristas e especialistas além, é claro, de divulgar aos quatro ventos não apenas os locais onde esta usurpação indevida se encontrava, mas onde também podiam ser vistos meus originais.
Para espanto maior, ainda fui descobrindo que a mesma pessoa copiava não apenas textos meus, mas de outros autores, com uma cara de pau tão grande que me deixou estarrecido. A sua principal mina era o nosso jornal CORREIO online.
Esta atormentada alma, que se diz jornalista, com um descaramento difícil de se ver, se apoderava de nossos textos que ia encontrando pela internet e, e em alguns, fazia pequenas modificações para tentar mostrar alguma familiaridade com ele ou simplesmente tudo copiava e fim. Se no começo houve raiva, revolta, depois ficou um sentimento de dó. Aquele tipo de pena que sentimos por quem não conhecemos, mas que nos informam que anda a padecer de doença grave e terminal.
Quem se propõe a roubar arte de outro deve ser um inválido intelectual. Vive um limbo existencial, a se enganar e a grupo de pessoas que acreditam que ele é capaz de criar. A frustração de ver produções literárias ou técnicas de outros levam indivíduos assim a sentirem-se menores. Mas como diz o sábio ditado: as mentiras, as farsas, duram pouco, tem perna curta. Gente assim nunca vai conseguir enganar a todos o tempo todo. Um dia a casa cai. Por menos escrúpulos que um plagiador contumaz possa ter o maior castigo para ele não é exatamente um processo judicial, se bem que esse não deve ser descartado, mas o pior mesmo é ele ter que conviver consigo mesmo, todo dia, todos os anos, até o fim de seus dias, com suas mentiras a lhe martelarem a mente.
Outro fato, porém, que passa longe do pensar do crônico copiador de ideias, é que a grande maioria dos meus escritos não é tão fantasia assim, são na verdade fatos ocorridos, ouvidos, vistos, poetizados. Muita verdade, pouca ficção, por mim vivida e única e, portanto, pessoal e intransferíveis.
Pode-se copiar textos, furtar ideias, mas não se copia vida. Como deve ser oca, cinzenta e triste a existência de quem assim age.
Até no ocorrido encontrei alguma alegria. Das muitas mensagens de apoio, repulsa e menosprezo pelo ladrão de ideias, me saíram com essa que adorei: "Que é cara de pau e mau caráter não resta dúvida, mas, pelo menos, tem muito bom gosto". Agradeço a força.
E a todos que se dão ao trabalho de plagiar, de tentar viver algo que não lhes pertence, meus sinceros sentimentos.
Pretendo voltar a este assunto e mostrar que, se a internet “facilita” a vida desses desfavorecidos na arte de criar, a mesma web fornece ótimos mecanismos para desmascará-los. Enfim, cai o pano.
Publicado originalmente no Jornal Correio veja aqu, em pdf ou aqui
Um pouco da história que gerou a prosa acima pode ser vista aqui no blog acompanhando os links abaixo
http://bit.ly/hIfuYS
http://bit.ly/fL0ww3
http://bit.ly/aQSVS
Imagens do famigerado plágio
sexta-feira, dezembro 3
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