Mario Quintana
"Eu sou um homem fechado.
O mundo me tornou egoista e mau.
E a minha poesia é um vício triste, Desesperado e solitário
Que eu faço tudo por abafar.
Mas tu apareceste com a tua boca fresca de madrugada,
Com o teu passo leve,
Com esses teus cabelos...
E o homem taciturno ficou imóvel, sem compreender nada, numa alegria atônita...
A súbita, a dolorosa alegria de um espantalho inútil
Aonde viessem pousar os passarinhos."
Um comentário:
uiuzim,
como amo esse poema. amor dos antigos. daqueles que a gente guarda na caixa de charutos vazia de um avô e de vez em quando abre devagarzinho pra sentir o aroma das coisas que são. quintana e tu. sempre assim.
um beijo.
lia
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