quinta-feira, março 1

Canção do amor imprevisto

Mario Quintana

"Eu sou um homem fechado.
O mundo me tornou egoista e mau.
E a minha poesia é um vício triste, Desesperado e solitário
Que eu faço tudo por abafar.

Mas tu apareceste com a tua boca fresca de madrugada,
Com o teu passo leve,
Com esses teus cabelos...

E o homem taciturno ficou imóvel, sem compreender nada, numa alegria atônita...

A súbita, a dolorosa alegria de um espantalho inútil
Aonde viessem pousar os passarinhos."

Um comentário:

Lilly Falcão disse...

uiuzim,
como amo esse poema. amor dos antigos. daqueles que a gente guarda na caixa de charutos vazia de um avô e de vez em quando abre devagarzinho pra sentir o aroma das coisas que são. quintana e tu. sempre assim.
um beijo.
lia