"Se for falar mal de mim me chame, sei coisas horríveis a meu respeito" (Clarice Lispector)
terça-feira, fevereiro 3
Rifa de burro
Me contaram dia desses outra vez, a história da rifa do burro morto. História antiga, já sem dono, cada um de um jeito conta. Talvez muitos a conheçam. Reconto aqui. Pode ser novidade para uns.
Aconteceu, dizem, lá pelas bandas de Estrela da Barra, hoje Vila Triângulo que fica de cá do rio, em Minas. De lá está Santa Albertina. Travessia só de balsa.
Tarde à toa de domingo moçada a passear sem muito o que fazer, toparam com fazendeiro arrastando burro morto para enterrar. Logo um mais chegado às espertezas de dinheiro fácil ganhar, pediu o burro dado.
O fazendeiro velhaco e desconfiado perguntou o motivo da querência.
— Rifar o bicho só isso. Fazemos cem números a vinte contos cada e corremos a rifa do burro.
— Mas o bicho tá morto moleque, você acredita que ninguém vai reclamar?
— Reclamar vai, mas só aquele que ganhar o sorteio. Ai a gente devolve o dinheiro dele e pronto. Resmunga um maldizer da pouca sorte se dá por justiçado satisfeito. E nós ainda ficamos com bons trocados para o fim de semana que vem.
E assim se fez. Mineirice.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário