Foto de Dimas Guedes, pinçada do FB de Marília Gama
Bené da flauta, com seus bichinhos esculpidos com pequeno canivete em pedra sabão.
Dando vida a elefantes africanos/indianos, vaquinhas, e muitos, muitos outros que existiram apenas em sua imaginação
Se houve certo dia a arca de Noé,
Para sempre lembrança da lata de Bené
Pouco falar, mais a comunicar com sorrisos gestos e sons da alma, sempre calma
Foi-se em cortejo de anjos barrocos, às portas do céu bateu.
— Entra Bené, a casa é sua, pois como santo em terra sempre viveu.
Rôta roupa em iluminado manto luz se transformou.
Abrindo sorriso imenso Bené da flauta quase de alegria a chorar,soltou seu bichinhos mundo a fora agora a puro cantar.
Nem no céu Bené quis falar. Tomou da flauta, sua voz, e ao vento semeou cantigas de passarinhos, que até hoje se espalham no tempo em carinho
Eternizados em lembranças das gentis gentes que o conheceram e dele guardam até hoje suas criações
Sensíveis e raras que são, transmutam vaquinhas, ursos, leões em sonhos, lembranças, alegria/harmonia em corações.
Onde Bené passava, ficava leveza. Pés descalços na pedra lavrada. Íngremes ladeiras, seus corredores, morada.
Lá vem o Bené da Flauta, lá vem, escoltado por cortejo de anjos e querubins
Bené da lata, a arca de Bené
Pureza sua, viva um pouco que seja, me mim.
Setembro 2011
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