Na América Latina existem mais de 300 espécies de morcegos, que fornecem serviços ambientais vitais para os processos ecológicos e bem-estar humano, como controle de insetos praga, a dispersão de sementes, e a polinização de plantas ecológica e economicamente importantes. Apesar dessas importantes funções, as populações de morcegos enfrentam sérias ameaças de extinção.
A falta de conhecimento sobre estes animais, a fragmentação de seus hábitats, a destruição dos seus abrigos, o uso inadequado de agrotóxicos e outras substâncias tóxicas, e os programas de controle de morcegos-vampiro mal realizados têm sido os fatores mais importantes na causa da redução drástica das populações de morcegos e que ameaçam reduzir ou eliminar os serviços ecossistêmicos que eles fornecem.
Como especialistas no estudo e conservação dos morcegos, que
Comprometemo-nos a redobrar esforços e trabalhar para documentar a grande importância ecológica dos morcegos, a necessidade de preservação desses mamíferos e divulgar os benefícios que eles trazem para o homem e a natureza. No entanto, para o alcance desses objetivos é necessário o empenho e esforço da sociedade em geral, das autoridades, da academia e da sociedade organizada, e especificamente
CONCLAMAMOS OS GOVERNOS DA AMÉRICA LATINA A TOMAREM MEDIDAS URGENTES PARA DETER A PERDA E REDUÇÃO DAS POPULAÇÕES DE MORGEGOS DE TODA A REGIÃO, POR MEIO DA PROTEÇÃO DOS ABRIGOS E DOS HÁBITATS, EM RESOLVER ADEQUADAMENTE O CONFLITO ORIGINADO POR MORCEGOS HEMATÓFAGOS E ASSEGURAR A UTILIZAÇÃO RESPONSÁVEL DE PESTICIDAS.
Reiteramos nossa disposição de continuar lutando em prol deste importante grupo de mamíferos, como temos feito até agora. É urgente que as autoridades da América Latina se juntem a esses esforços, para o bem de todos os habitantes da região. Não se trata de proteger por proteger as espécies de morcegos, mas sim de cuidar de um conjunto de animais que influencia diretamente o nosso bem estar e os processos ecológicos que garantem o funcionamento de muitos ecossistemas.
Assinado no dia 15 de dezembro de 2009, na Reserva Biológica de Tirimbina, Sarapiquí, Costa Rica
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