quinta-feira, abril 6

Era uma vez um carnaval

Blocos barrocos
carnavais de tapetes coloridos
lanternas em báculos enfeitados,
lanternas de vime,
fitas e mais fitas além de belas chitas
no sobe e desce das ruas, fria chuva,
Zé Pereira.

num carnaval de pedras
paixão estonteante
amor adolescente, imaturo, de repente
busca por amor puro utópico, alucinante paixão proibida, banida, expurgada

tribunal tendente, pérfido, sem alma
juiz leviano, inconfidente,
quadrilha
sentimentos machucados, corações sofridos
nobre e plebeu- história repetida
final previso, sórdida armadilha.

amor perpetuado na memória
dias de infindável alegria, para os enamorados sentimento encantatório da mais linda e impossível vitória
sumariamente julgados, friamente afastados

num carnaval de frias pedras
choro e tristeza
paixão agonizante
para um degredo, para os dois, eterno e puro segredo

o tempo,
felizes se fizeram, outros amores, outras e abrasadas quimeras.

Cristalizado na memória, entre confetes, serpentinas, chitas e multicoloridas fitas:
muito carinho, lembrança terna de um carnaval de pedras.

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