Dia desses, foi uma agradável surpresa ver uma chamada de primeira página de jornal da cidade: "Sem limites para o verde amarelo”.
Até bem pouco tempo andar de verde amarelo ou usar bandeira do Brasil era considerado heresia das grandes pelos sectários de "esquerda", aqueles dos botecos, o coitado que se expunha era taxado de ser de “direita”, um “anti-tudo-de-bom” no pensar deles.
Cantar nosso hino Nacional ou nosso hino a Bandeira, era visto pelos "intelectuais" como sendo o maior dos perjúrios, com direito ao calor eterno dos quintos dso infernos. Enfim como diria o linguista Cláudio Moreno "todos bateram na tábua, nenhum acertou o prego".
Ah! Mas havia exceções. Em jogo da seleção e em tempos de copa do mundo ou corrida de formula 1, na época do Senna é claro, podia, era nobre. Deixava de ser careta, de ser herege ainda mais se tivesse cantor(a) famoso(a), para florear e dar interpretação própria à música de Francisco Manoel da Silva.
Claro que a estratégia do comércio se inspirou e de forma muito inteligente, no ano da copa do mundo, pois com certeza não foi em função do ano eleitoral.
O objetivo é o de lucrar com o uso do verde e amarelo, nada mais óbvio e justificável. Infelizmente o motivo ainda é o futebol, a “paixão do brasileiro pelo futebol” é mais uma vez a mola propulsora desse repentino ataque de amor pátrio. Mas mesmo assim também é um avanço dos grandes.
Já não se tem vergonha de exibir em vestimentas e acessórios as nossas cores. Já não se tem medo de ser chamado de reacionário ou de adjetivos mais pesados. Nossos uniformes de trabalho exibem com orgulho verdadeiro e não imposta a bandeira bordada.
Mas principalmente, e o mais bonito e saudável da moda que, tomara, tenha vindo para ficar, já não se confunde Pátria com governo. Pátria somos todos nós, esse caldo fértil de gente, de fé, de vida. Mesmo com todos os problemas, injustiça, desajustes, finalmente acreditamos mais em nós mesmos. Ser patriota não é mais “pecado”.
Tomamos em nossas mãos nosso destino. Ai daquele que trair nosso povo. De verde amarelo, sem receio, damos nosso recado e bem dado àqueles que usurpam a nossa confiança. A resposta vem rápida, as urnas logo dão nosso troco.
O amor a pátria pode agora, e como demorou, ser expressado sem medo de se expor ao julgamento medíocre de pessoas que se achavam donas da verdade absoluta.
O curioso é que logo abaixo, na mesma página havia uma reportagem sobre em crença em benzição, longe de mim criticar esta fé, vai do gosto. Mas que vai ter muito político em Brasília andando com raminho de arruda atrás da orelha e tomando banho de descarrego isso vai, o ano e a conduta desses senhores assim o exige.
Para esses um recadinho breve: -Ninguém nunca mais se apossa de nossos sentimentos e muito menos de nossa Pátria. Esta é a grande vitória.
abril /2006
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