"Se for falar mal de mim me chame, sei coisas horríveis a meu respeito" (Clarice Lispector)
quinta-feira, abril 29
Grátis?
Ótimo texto de Antônio das Graças Lopes, Gratuidade - Do leitor no Jornal Correio de 29 de abril de 2010, melhor ainda o "puxão de orelha" cívico tomado do lado de lá da linha telefônica. O uso do cachimbo entorta a boca até de nós que somos servidores públicos de carreira. Grátis é amostra distribuída por vendedor de remédio, seja humano ou veterinário em nossos consultórios e laboratórios, aliás prática esta que deveria ser abolida.
Quantas e quantas vezes nessas quase três décadas de trabalho dos quais alguns tantos deles juntos com o amigo Lopes, ouço a mesma pergunta quando nossos serviços são solicitados:
— E quanto custa?
A nossa resposta é sempre a mesma:
— Mesmo não sabendo a senhora/o senhor já pagou várias vezes por esse serviço através de impostos embutidos até no ar que respiramos. Já foi pago e lhe custou por sinal caro.
Que se consolide a máxima: Saúde direito de todos e dever do Estado, está lá na nossa Grande Carta das liberdades, na nossa Constituição de 1988 em seu artigo 196:
A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.
O duro, o difícil, é a população se apossar de seu direito e fazê-lo valer. Mas estamos avançando e isso é reconfortante.
Grátis? Não se engane, nem injeção na testa o é.
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