Foto Jornal Correio
Louco redemoinho de folha pó e vento
Dia se fez noite no cerrado.
Meu Ipê a balançar cabeleira em frenética dança tribal
Coqueiros dobravam em reverência e luta.
Arvoredos deitados esperavam em angústia o passar dos minutos/horas
Algo passou em vôo solo por sobre minha cabeça, algo grande sem forma. Distorcido.
Com o vento e o acender de luzes vieram sons secos de estalar de madeira e ferro
Nada era reconhecível.
A poeira em vida própria buscava cada fresta para se aninhar.
Por fim o tamborilar de imensas gotas se fez ouvir no telhado sem laje.
Trovões e coriscos. Torrencial chuva lavou o ar, as folhas, as almas.
Em segundos se fez calma.
Restaram destroços
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