sexta-feira, outubro 14

A fera perde, a bela fica

Iriny perde, e Gisele fica

Conar decide que estereótipos utilizados no comercial não desmerecem a mulher

O Conselho de Ética do Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária) recomendou, nesta quinta-feira (13), em primeira instância, o arquivamento da representação que pedia a suspensão do anúncio “Gisele Bündchen – Hope Ensina”. A decisão de colocar em julgamento a campanha, veiculada nas redes privadas da televisão brasileira, foi decidida pelo Conar a partir de denúncia encaminhada por 40 consumidores e também por representação da Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres (SPM), que também recebeu denúncias de consumidores.

A Secretaria avaliou hoje que o fato do Conar ter levado a representação a julgamento em seu Conselho de Ética já representou um importante avanço. “O Conselho de Ética do Conar opera com o princípio da admissibilidade. Assim, ao levar a representação a julgamento admitiu a importância do debate”, afirmou a Secretaria. A Secretaria informa também que acata a decisão do Conar e que não vai recorrer.

O relator do processo afirmou, ao justificar seu voto, que “os estereótipos presentes na campanha são comuns à sociedade e facilmente identificados por ela, não desmerecendo a condição feminina”. Para a SPM, ao admitir a existência de estereótipos na peça publicitária, o voto do relator também representou um avanço no debate.

“Um dos papéis da SPM, estabelecido no Capítulo 8 do Plano Nacional de Políticas para as Mulheres, é justamente o combate aos estereótipos”, disse.

A campanha, denominada “Hope ensina”, protagonizada pela modelo Gisele Bundchen, estimula as mulheres a fazerem exposição do corpo e insinuações sensuais para amenizar possíveis reações de seus companheiros frente a incidentes do cotidiano, como excesso de gastos no cartão de crédito ou um acidente com o automóvel.

No Jornal Correio de Uberlândia exceto o título

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