Quanta brasa queimada, quanta gangorra a atiçá-la
Quanta roupa passada, quanta história contada
Quanto tempo escorrido, quanto tempo perdido
Quantos olhares vazios, quantos desejos sofridos
Quantas lágrimas enfumaçadas, quantos sonhos sonhados
Quando brasa queimada, quantas lembranças passadas.
Quanto tempo passado, quantos desejos largados
Quanto suor escorrido, quantas golas manchadas
E agora, em ferrugem carcomido à própria sorte largado
Nem fumaça, brasa ou cheiro azul de anil
Apenas o nada, vão traste, insaciável mirmecófago esquecido
Triste fim para quem a muitos, serviu
Em um maio de 2010
Nenhum comentário:
Postar um comentário