"Se for falar mal de mim me chame, sei coisas horríveis a meu respeito" (Clarice Lispector)
quarta-feira, maio 19
Tragédia na ciência
Não poderíamos nos eximir a falar com tristeza do incêndio que destruiu mais de 500 mil amostras do Instituto Butantan, um dos maiores acervos científicos do mundo em sua especialidade. Desenvolvemos trabalhos conjuntos com pesquisadores daquela maravilhosa instituição há anos e sabemos do amor, da paixão e da dedicação contagiantes deles pelo seu ofício. Seguramente cada um vive hoje sua própria tragédia interior, silênciosa agonia, imensurável sofrimento.
Nos colocamos em suas peles e juntos, padecemos horrores.
Comparar esta tragédia para a ciência ao incêndio da Biblioteca Real de Alexandria em 646 d.C, como o vez o curador Francisco Luís Franco não é exagero, é fato. Um mutirão hercúleo deve ser feito no intuito de tentar resgatar o máximo de exemplares possíveis espalhados mundo à fora.
Contem com nosso apoio e presença, mesmo que pequeno frente tamanha tragédia.
Com humildade parafraseamos Madre Teresa de Calcutá:
"O que eu faço, é uma gota no meio de um oceano. Mas sem ela, o oceano será menor."
Amigos e colegas do Butantan, contem com Uberlândia.
William H Stutz e equipe do Laboratório de Animais Peçonhentos
Secretaria Municipal de Saúde de Uberlândia
whstutz@uberlandia.mg.gov.br
Publicada no Jornal Correio em Opinião do Leitor
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