terça-feira, agosto 19

Silêncio

Em tropel cinzento/silencioso, manhã passa. Jeito modorrento. Vento quente sobrando em minha face. O sol em sal. Olhos secos como o ar entorno lacrimejam incessantemente. O viver um dia de cada vez amarga, cansa em demasia. Doce em tacho de cobre azinabrado, veneno.

Respiro fundo, mergulho a cabeça em bica d'água fresca, espanto pensamentos escurecidos por algo que desconheço, algo do qual não me lembro, nem sei se existiu.
Passarinho canta perto e me tira, felizmente, de tão deplorável estado.

O pior é sentir e não saber o porquê.
O pior é sentir algo perdido no fundo de algum quartinho da alma. Porão de saudade, tulha propositalmente sem uso, lacrada.
Passarinho me trouxe de volta. Respiro fundo e, taciturno avanço por caminho desmedidamente estranho. Compro sentimento alheio.
Sigo.

3 comentários:

Anônimo disse...

talvez o mais amargo eh viver rapidamente cada dia... e ficar pensando no q poderia ter sido feito e nao houve tempo... e nessa confusao temporal sentir um aperto no peito com a incerteza se existira o amanhã...

bjks
^^(..)^^

Anônimo disse...

Muito bem descrito.

Uberlândia é um dos lugares mais civilizados do Brasil.

Anônimo disse...

benzadês!!!!!!!! lindo demais!!!!!!!



bjs,


LILLY