sexta-feira, março 24

Tudo bem?

O circo, as crianças e todos que gostam de rir, que buscam conforto nas coisas simples da existência estão de luto. Morreu o palhaço Arrelia. Confesso, não fiz parte da geração que mais acompanhou este doce artista. Quando moleque dediquei a maioria de minhas mais puras gargalhadas, aquelas de olhos fechados, a outro palhaço, o Carequinha, este bem mais próximo, o que não impediu que em muitos momentos me deleitasse com as peripécias daquele mestre.

Sempre que um palhaço morre o universo perde um pedaço importante de sua força vital, é a partida de um anjo do bem, catalisador de alegria e do riso, e as risadas puras e sinceras sempre geram energia positiva, alimentam o corpo e o espírito, trazem esperança a um mundo tão carente de harmonia de paz, tão desprovido de candura.

Nasceu Waldemar Seyssel em 1905, recebeu suas asas de anjo da alegria em 1922 mas apenas em 1927 rompeu sua crisálida humana e metamorfoseou-se finalmente no colorido Arrelia. E esta transformação se deu aqui mesmo, pertinho, em Uberaba. Mais uma demonstração da onipresença do Criador? Vai saber, o acaso nos prepara cada peça!

Perdemos Arrelia, mas ele do alto de seus 99 anos de vida com certeza deixou uma lição sublimada. Quisera eu que tantos a compreendessem, seria tão mais fácil e simples esta nossa breve estadia.

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