Certa feita ouvi uma história que gostaria de recontar aqui, quem sabe poderá contribuir de alguma maneira com a discussão de leitores que volta e meia aporta nas páginas de nosso Jornal Correio, a ela, pois:
As autoridades e uma parte dos moradores de uma certa cidade, bem pequena, porém próspera e de certa forma rica, ficavam revoltadas com o descaso das autoridades estaduais e regionais em relação a ela.
ontinuar, que os recursos arrecadados nunca voltavam de forma proporcional, que as estradas do município não recebiam a atenção devida (como se fosse só com ela), que seus moradores, apesar de preferirem o futebol de outras paragens, eram obrigados a "engolir" transmissões regionais.
Pois bem, cansadas de tanto descaso as autoridades constituídas desta pequena cidade resolveram dar um basta nesta situação. Todos reunidos criaram a "Comissão de Guerra" que, depois de muita discussão chegou a um consenso:
"Para tirar nossa cidadezinha deste abandono, só tem uma solução: declarar guerra aos Estados Unidos da América. Declaramos a guerra, perdemos, (o 'poderio militar' da cidadezinha se resumia a três soldados e um cabo), os Estados Unidos vão ter que nos incorporar, e como estado americano teremos moeda forte, poder político e econômico incomparáveis, seremos mais uma estrela na bandeira americana - sempre lembrados, respeitados e principalmente temidos, além de que não teríamos que submeter nossa gente aos riscos de uma travessia clandestina pela fronteira mexicana (assunto que volta à baila hoje por obra e graça de Glória Peres), pois teríamos passaporte americano; God bless America! Bradaremos orgulhosos."
Quando a declaração de guerra estava quase pronta um dos membros da comissão teve um lampejo: - Pára tudo, pára tudo. A caneta de um intrigado relator parou no meio de uma frase da carta que seria enviada ao presidente americano anunciando o início do conflito armado com a nação do norte. O cidadão se levantou, respirou fundo e murmurou olhando para os lados preocupadíssimo: - E vai que a gente ganha essa guerra!
História contada, sobra apenas só um comentário, os defensores da secessão geopolítica às vezes esquecem que os custos da criação de um novo estado são "felomenais" e que apesar de tentar ser Darwinista o tempo todo, repito as palavras (não literalmente) de um professor universitário e Juiz federal que infelizmente não me lembro o nome, mas do qual palestra assisti:
"Durante a grande extinção os predadores solitários foram os primeiros a desaparecer da face do planeta, apesar de seu porte avantajado e preparo para matar, já os pequenos e agrupados e com certa organização social conseguiram em muitos casos sobreviver às grandes hecatombes. A união os salvou."
Particularmente não acho que seja hora de retomar discussão sobre separação do Triângulo, o momento não é adequado. Há tempos não temos circunstâncias tão favoráveis do ponto de vista estritamente político. A hora é de serrar fileiras com todas as Minas Gerais - que como bem disse Guimarães Rosa "são muitas" - por um estado coeso e forte. A união neste momento tão especial, com certeza não fará apenas açúcar.
As autoridades e uma parte dos moradores de uma certa cidade, bem pequena, porém próspera e de certa forma rica, ficavam revoltadas com o descaso das autoridades estaduais e regionais em relação a ela.
ontinuar, que os recursos arrecadados nunca voltavam de forma proporcional, que as estradas do município não recebiam a atenção devida (como se fosse só com ela), que seus moradores, apesar de preferirem o futebol de outras paragens, eram obrigados a "engolir" transmissões regionais.
Pois bem, cansadas de tanto descaso as autoridades constituídas desta pequena cidade resolveram dar um basta nesta situação. Todos reunidos criaram a "Comissão de Guerra" que, depois de muita discussão chegou a um consenso:
"Para tirar nossa cidadezinha deste abandono, só tem uma solução: declarar guerra aos Estados Unidos da América. Declaramos a guerra, perdemos, (o 'poderio militar' da cidadezinha se resumia a três soldados e um cabo), os Estados Unidos vão ter que nos incorporar, e como estado americano teremos moeda forte, poder político e econômico incomparáveis, seremos mais uma estrela na bandeira americana - sempre lembrados, respeitados e principalmente temidos, além de que não teríamos que submeter nossa gente aos riscos de uma travessia clandestina pela fronteira mexicana (assunto que volta à baila hoje por obra e graça de Glória Peres), pois teríamos passaporte americano; God bless America! Bradaremos orgulhosos."
Quando a declaração de guerra estava quase pronta um dos membros da comissão teve um lampejo: - Pára tudo, pára tudo. A caneta de um intrigado relator parou no meio de uma frase da carta que seria enviada ao presidente americano anunciando o início do conflito armado com a nação do norte. O cidadão se levantou, respirou fundo e murmurou olhando para os lados preocupadíssimo: - E vai que a gente ganha essa guerra!
História contada, sobra apenas só um comentário, os defensores da secessão geopolítica às vezes esquecem que os custos da criação de um novo estado são "felomenais" e que apesar de tentar ser Darwinista o tempo todo, repito as palavras (não literalmente) de um professor universitário e Juiz federal que infelizmente não me lembro o nome, mas do qual palestra assisti:
"Durante a grande extinção os predadores solitários foram os primeiros a desaparecer da face do planeta, apesar de seu porte avantajado e preparo para matar, já os pequenos e agrupados e com certa organização social conseguiram em muitos casos sobreviver às grandes hecatombes. A união os salvou."
Particularmente não acho que seja hora de retomar discussão sobre separação do Triângulo, o momento não é adequado. Há tempos não temos circunstâncias tão favoráveis do ponto de vista estritamente político. A hora é de serrar fileiras com todas as Minas Gerais - que como bem disse Guimarães Rosa "são muitas" - por um estado coeso e forte. A união neste momento tão especial, com certeza não fará apenas açúcar.
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